Sobre
a questão dos conflitos, juristas há que se manifestam em sentido contrário,
alegando que "há diferença entre criar conflitos e se divulgar ao povo a
verdade dos fatos. Ocultar verdades da sociedade é prática nitidamente
antidemocrática, ditatorial. Os conflitos não podem ser resolvidos com mentiras
ou ocultações". Quanto ao protagonismo de juízes que ocupam os meios de
comunicação, outros ponderam que vivemos em uma sociedade de massa,
impulsionada pela informação automática ou informática, requerendo respostas
rápidas para as demandas. Nesse contexto os holofotes não devem ser buscados
como fim, mas como meio para dar publicidade e transparência aos assuntos de
real interesse público, sim. Os holofotes não podem ser o fim do magistrado,
mas também não deve deles temer. Serenidade não pode confundir-se com omissão,
protagonismo é uma conseqüência possível de uma atuação que legalmente atinge
ao interesse público na prestação jurisdicional. O magistrado não deve temer o
protagonismo, ao contrário, quem decide sempre terá um papel de protagonista.
Dr.
Júnior Bom fim é Poeta e Advogado (áreas administrativa e eleitoral),
Presidente 2014/2015 da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - AMLEF e
do Rotary Club de Fortaleza Dunas)
