segunda-feira, 28 de março de 2016

O PAPEL DOS JUIZES II


Sobre a questão dos conflitos, juristas há que se manifestam em sentido contrário, alegando que "há diferença entre criar conflitos e se divulgar ao povo a verdade dos fatos. Ocultar verdades da sociedade é prática nitidamente antidemocrática, ditatorial. Os conflitos não podem ser resolvidos com mentiras ou ocultações". Quanto ao protagonismo de juízes que ocupam os meios de comunicação, outros ponderam que vivemos em uma sociedade de massa, impulsionada pela informação automática ou informática, requerendo respostas rápidas para as demandas. Nesse contexto os holofotes não devem ser buscados como fim, mas como meio para dar publicidade e transparência aos assuntos de real interesse público, sim. Os holofotes não podem ser o fim do magistrado, mas também não deve deles temer. Serenidade não pode confundir-se com omissão, protagonismo é uma conseqüência possível de uma atuação que legalmente atinge ao interesse público na prestação jurisdicional. O magistrado não deve temer o protagonismo, ao contrário, quem decide sempre terá um papel de protagonista. 


Dr. Júnior Bom fim é Poeta e Advogado (áreas administrativa e eleitoral), Presidente 2014/2015 da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza - AMLEF e do Rotary Club de Fortaleza Dunas)