quarta-feira, 20 de abril de 2016

Prefeituras terão dificuldades em pagar salários.




Crise!
Muito além de ser apenas uma palavra que reflete a atual situação econômica do país, a crise  tem sido motivo de preocupação não só para empresários mas, principalmente para funcionários que à cada dia têm testemunhado o fechamento de vagas e a eliminação de colegas de trabalho no mais realista estilo "Big Brother Brasil". Foram 1.524.000 (um milhão, quinhentos e quarenta e dois mil) postos de trabalho fechados só em 2015, o pior já registrado desde 2002. 

No serviço público, visto por muitos como sinônimo de estabilidade, a coisa está caminhando para um beco sem saída. À cada mês, os recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), estão minguando e só este mês, registra uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado .

Os municípios mais afetados, são os de pequeno porte, com menos de 50 mil habitantes. A saúde financeira desses, depende quase que totalmente dos repasses do FPM. Muitos ainda têm a situação agravada, com retenções compulsórios para pagamentos de dívidas. Conforme aponta a área técnica da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a retenção dos recursos faz com que os municípios cavem um buraco sem fundo, tendo em vista que são impedidos de receber em razão da dívida previdenciária, que, por sua vez, não foi paga por falta de aporte orçamentário municipal.

Se atualmente já existem municípios que atrasam o pagamento dos seus servidores e fornecedores, a tendência é de que no segundo semestre, essas exceções tornem-se regra, à revelia da vontade dos senhores gestores. Os mais precavidos, que conseguiram fazer reservas, afirmam que estão usando esses recursos e que a luz amarela, que havia acendido, já vermelhou.
(Farias Júnior)