Assista o vídeo do momento exato da aprovação
Valeu a pena o esforço de centenas de vaqueiros que lotaram a esplanada dos ministérios, dia 25 de outubro, com seus caminhões e cavalos em uma das maiores manifestações já realizadas na Capital Federal. O movimento em defesa da legalização da vaquejada não chamou apenas a atenção dos moradores de Brasília. E evento repercutiu no Brasil inteiro e ganhou o apoio de deputados federais e senadores, além de várias instituições.
O debate intenso ocorrido durante a audiência pública realizada na Câmara Federal naquele mesmo dia, e que nós transmitimos ao vivo via facebook, deu a impressão de que a luta seria árdua e demorada pois, os defensores dos animais, que se posicionaram contra, levaram inclusive veterinários para argumentar que a prática é nociva aos animais. Os defensores da vaquejada também levaram veterinários e empresários que apresentaram também o argumento econômico alertando para a possibilidade do fechamento de mais de 600 mil empregos em toda a cadeia produtiva envolvida na realização das vaquejadas pelo Brasil.
Exatamente uma semana de pois, o plenário do Senado aprovou nesta terça-feira (1º) um projeto de lei que torna a vaquejada e o rodeio manifestação cultural nacional e patrimônio cultural imaterial. Como o texto já foi aprovado também pela Câmara, segue agora para sanção do presidente da República, Michel Temer.
"Aprovamos na Comissão de Educação, Cultura e Esporte o projeto que eleva a vaquejada e o rodeio à condição de manifestação cultural nacional. Foi uma grande vitória! Vamos continuar trabalhando para aprovar as demais medidas que tramitam no Senado Federal, entre elas, a PEC 50/2016, de minha autoria. Em minha fala destaquei que a vaquejada pede liberdade no Brasil para que seja mantida a tradição do vaqueiro e defendi o nosso querido Nordeste" disse o Senador Otto Alencar (PSB-BA), relator do projeto, no Senado.
O texto foi aprovado em votação simbólica, embora tenham ocorrido discursos a favor e contra o projeto. Durante a sessão, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), por exemplo, argumentou que uma sociedade "avançada" não pode tratar os animais dessa forma.
*Com dados do G1 e vídeos da TV Senado