sexta-feira, 19 de maio de 2017

Delação da JBS aponta propina de R$ 20 milhões para Cid e R$ 5 milhões para Eunício - Em nota ambos negam envolvimento

A delação premiada do empresário Wesley Batista, um dos sócios da JBS, aponta os cearenses Cid Gomes (PDT), ex-ministro da educação, e Eunício Oliveira (PMDB), presidente do Congresso Nacional, como beneficiários de propina.

No caso do ex-governador do Ceará, o delator afirma que ele teria recebido R$ 20 milhões em troca de liberação de créditos de ICMS. Já o senador Eunício foi acusado por Ricardo Saud, um dos executivos da companhia, de ter recebido a quantia de R$ 5 milhões pela atuação em uma Medida Provisória que disciplinava créditos de PIS/Cofins. As informações são do O GLOBO.

Em nota, Cid negou ter recebido recursos da JBS. “Repudio referências em delação que atribuem a mim o recebimento de dinheiro. Nunca recebi um centavo da JBS. Todo o meu patrimônio, depois de 34 anos trabalhando, é de 782 mil reais (IRPF2016), tendo sido duas vezes deputado, duas vezes prefeito e duas vezes governador”, disse.

Por meio de nota, o senador Eunício Oliveira afirmou que os diálogos relatados pelo delator são “imaginários, nunca aconteceram, são mentirosos, como é possível constatar na prestação de contas do diretório nacional de PMDB ao TSE”.

“No ano de 2013 não há doações ao partido conforme diz o delator, como é possível constatar nas prestações de contas do diretório nacional, que são públicas e podem ser verificadas nas declarações ao TSE. Como relator revisor, o senador recebeu representantes do setor sim, como é absolutamente normal em casos de relatoria. O senador Eunício Oliveira não usa e nunca usou suas funções legislativas para favorecer empresas públicas ou privadas”, continua.

O presidente do senado confirma o recebimento dos recursos da JBS, mas defende que foram doações legais registradas na justiça eleitoral.

*Fonte - Jornal O Povo