“Lula vai se apoiar na tese de perseguição política, tentando até o papel de mártir. É o que resta para ele fazer, já que não existem mais instrumentos legais”, avalia o pós-doutor em ciência política David Fleischer, da Universidade de Brasília (UnB). A questão vale também para Moro, que precisaria, caso opte por condenar o petista, dar peso especial para uma mostra de imparcialidade no caso.
Apesar de destacar peso de manifestações ocorridas em Curitiba, o cientista político Adriano Gianturco, do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec), destaca que ações de ontem reforça cenário de esgotamento do poder de convencimento de mobilizações populares no País, sobretudo na Lava Jato.
“O País está muito dividido, então, em termos de tensão política, não há mais diálogo. São dois monólogos, sendo que cada grupo só fala para o seu público. Ninguém convence mais ninguém, então tem pouco peso no processo. Mesmo que Lula seja condenado, nenhum petista vai ser convencido que ele é culpado, e vice-versa”.
“O País está muito dividido, então, em termos de tensão política, não há mais diálogo. São dois monólogos, sendo que cada grupo só fala para o seu público. Ninguém convence mais ninguém, então tem pouco peso no processo. Mesmo que Lula seja condenado, nenhum petista vai ser convencido que ele é culpado, e vice-versa”.
Fonte: O Povo
