Os defensores da Vaquejada já podem comemorar os esforço depreendidos para promover um grande debate nacional em torno do assunto.
Desde a mobilização de 25 de outubro de 2016, que levou milhares de vaqueiros com caminhões e animais à Brasília, temos acompanhado todas as etapas dessa novela em que se transformou a luta pela legalização da Vaquejada.
Apoiadores da Vaquejada e grupos defensores dos direitos do animais travaram verdadeiras batalhas no campo das ideias que por pouco não se transformaram em agressões físicas. A lembrar, o caso absurdo da ex-modelo Aléxia Dechamps que, durante uma audiência pública da qual participamos em Brasília, virou-se para a plateia proferido a preconceituosa frase "calem-se, eu pago o Bolsa-família de vocês".
Ontem, 31 de maio, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 304/17, que considera as vaquejadas como práticas não cruéis. O texto, que já havia sido aprovado em primeiro turno, altera a Constituição para estabelecer que não são consideradas cruéis as atividades desportivas que utilizem animais, desde que sejam registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro e garantam o bem-estar dos animais. A proposta, que foi aprovada por 373 votos a favor, 50 contra e 6 abstenções, segue agora para promulgação.
A proposta, originada no Senado, foi defendida por deputados que justificaram as vaquejadas como atividades culturais. "A vaquejada, quem a pratica são homens e mulheres de bem que dependem dessa cultura para manter a sua família", disse o deputado Vicentinho Junior (PR-TO).
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