COLUNA DA JACQUELINE
As vésperas do dia dedicado aos pais me ponho a refletir sobre algumas questões relacionadas as comemorações vivenciadas no âmbito escolar.
Algumas escolas em respeito a diversidade eliminaram dos seus calendários dias dedicados a pais e mães e celebram o Núcleo familiar de modo geral.
Além da diversidade existe o consumismo desenfreado que acompanham as datas comemorativas.
Outro fato que chama a atenção é a questão de pais separados, pais falecidos, pais ausentes que geram na criança um conflito dentro do âmbito escolar.
Geralmente durante toda semana que antecede o dia dos pais ou das mães, as escolas fazem programações bem direcionadas a estas comemorações no intuito de promover a alegria da criança. Entretanto nem sempre isso acontece.
Crianças principalmente na fase da pré-escola , que por algum motivo não tem pai ou mãe presente, entram em conflito com a vida real e a vida desejada ou preconizada pela sociedade, gerando um sofrimento que se revela através da rebeldia, da apatia chegando em casos mais graves a uma depressão. Esta é a fase em que os sentimentos estão se moldando. É preciso muito cuidado!
Por isso algumas escolas instituíram o dia da família., celebrando quem cuida, quem acolhe as crianças.
Geralmente toda criança tem alguém ou várias pessoas que não sejam especificamente pais ou mães que cuidam e zelam por elas. E essas pessoas merecem ser celebradas.
E neste contexto que tal refletirmos sobre o papel da escola? Qual a sua prioridade? Qual a visão da escola sobre a sociedade atual? Que cidadão queremos formar? Como as crianças se inserem como sujeitos históricos? Qual o papel das mídias no desenvolvimento psíquico das crianças? Como convencer os pais que o Projeto Político Pedagógico da escola deve entender as datas comemorativas de forma crítica e reflexiva?
Que tal repensar, reinventar as datas comemorativas fazendo da escola um espaço de transformação, de crítica e reflexão.
Nós adultos sabemos lidar com as frustrações, nossas crianças devem ser preparadas para isso!
E como diz o poeta: o que importa mesmo é o amor!
Ana Jacqueline Braga Mendes
Secretária da Educação Básica de Brejo Santo
A autora
Ana Jacqueline Braga Mendes é especialista em administração educacional pela Universidade Salgado de Oliveira - RJ, especialista em gestão escolar pela Universidade Estadual do Ceará, graduada em geografia pela Universidade Regional do Cariri.
Atuou como:
Professora Concursada do Estado do Ceará
Coordenadora Pedagógica do Educandário Aurélio Buarque
Professora Colaboradora da Universidade Regional do Cariri - URCA
Professora Colaboradora da Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN
Orientadora de Monografias
Supervisora da Coordenadoria Regional de Ensino - CREDE 20 no Núcleo de Desenvolvimento de Ensino – Responsável pelas escolas da rede estadual que compõem os 10 municípios da CREDE 20.
Secretária executiva da educação do município de Brejo Santo – CE.