sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Hoje também estreia a COLUNA DA MICHELINE MATOS - Leia!


 COLUNA DA MICHELINE MATOS





     Temos vivido tempos “líquidos” aonde as mudanças invadem todas as nossas formas do viver. Somos praticamente obrigados  a pelo menos refletir sobre a revisão de conceitos como: cultura, amor, medo, consumo e progresso, pois estão em constante mutação na sociedade atual. 


     São novos tipos de família, novos padrões  de consumo, a comunicação que muda a cada dia, reflexo do avanço tecnológico, enfim, vamos segundo o escritor  e sociólogo polonês,  Zygmunt  Bauman, recebendo diariamente um convite para enxergar a ‘’ liquidez como a essência máxima do ser contemporâneo”.



     Mas aqui não me cabe uma reflexão mais profunda acerca desse tema tão convidativo e complexo, apenas tentar criar uma ponte para uma discussão sobre como todas essas mudanças também seguem influenciando a forma de as pessoas se fotografarem e se deixarem fotografar. 



Apesar das câmeras e celulares de última geração e o  “boom” das redes sociais, têm surgido diversos tipos de serviços dentro do mundo da fotografia que tem feito muita gente voltar  a apostar no fotógrafo profissional. Para os profissionais que capturaram essa demanda e se qualificaram  para isso, o mercado está aquecido.

Há alguns anos, ninguém ouvia falar muito em ensaios fotográficos como: Pré wedding (ensaio antes do casamento), “smash the cake”(Criança destruindo um bolo pela primeira vez, feito no aniversário de um ano),  “trash the dress”(Ensaio pós casamento ), ou ensaio newborn (recém nascido com no máximo quinze dias ).   

     A fotografia saiu do evento e do book tradicional para capturar momentos pensados e desejados de serem retratados.


   Eu particularmente trabalho para que esses ensaios fotográficos saiam do âmbito somente comercial e resgatem o papel da fotografia como recordação de uma época. Para que as mesmas sejam organizadas em álbuns, como merecem e não presas a um HD externo ou computador. 


    Creio que se a fotografia for feita com mais afeto, com mais conexões com o fotografado, mais valorizada será por quem está pagando por ela. Acredito que apesar dos mega celulares com  suas câmeras incríveis, a fotografia capturada com técnica e principalmente olhar apurado, criativo e afetivo de um fotógrafo, não será descartada tão cedo desse mundo ávido por imagens.


Micheline Matos


A autora
Micheline Matos é graduada em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Desde 2015 transformou o hobby  fotografia em trabalho. É mãe de menina e de cachorros e acredita em um mundo mais bacana quando nos rodeamos de gente disposta a praticar o bem em suas formas mais simples. Nas horas vagas escreve em cadernos de arames.

Já atuou:
Colaboradora da Revista Meu Pet – Editora Escala (São Paulo),
Colaboradora do site Meu Bebê –Editora Abril (São Paulo)
Editora de conteúdo do site da Fundação Beto Studart (Fortaleza)
Repórter da Agência de Noticias da América Latina- ADITAL-(Fortaleza)