quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Leia agora a COLUNA DA JACQUELINE



Na coluna de hoje vou rememorar um texto que escrevi e que diz muito do ser professor!

    Estes últimos dias tenho refletido sobre a missão de ser professor.

    Dizer que é uma  missão sublime parece um tanto clichê! Entretanto não é.  Sublime é pouco para o que esta missão  traz na sua essência!

    Por muitos anos convivi com professores desmotivados, sem expectativas, sem esperanças e principalmente decepcionados com os baixos salários! Em contrapartida  vivenciei  experiências maravilhosas com professores que mesmo em situações adversas eram motivados, cheios de esperanças e eram felizes na missão de educar .  Neste contexto me perguntava o que nos impulsiona a continuar na missão? ! 

    Atualmente percebo que já evoluímos em algumas questões ! Mas sei também que ainda há muito a conquistar! 
Mas nesta história toda o que quero compartilhar com vocês é realmente o fruto do nosso trabalho e como em algumas situações da vida cotidiana podemos vivenciar  esta sublimidade concretamente.

     Nos últimos dias, meu esposo, professor de matemática teve uma crise renal e precisou urgentemente ir ao hospital com fortes dores. A velha pedra nos rins como é popularmente conhecida.

    Chegamos ao hospital e fomos atendidos prontamente por uma médica, ex –aluna que carinhosamente atendeu prontamente  o tio Mendes. Aos poucos vi chegando enfermeiros  e outros médicos , também ex-alunos ,  que se aproximavam com tanto carinho daquele tio-professor que um dia os ensinou a gostar da matemática.  Mesmo aflita com a situação, aquela cena me comoveu e me fez compreender como a nossa missão é importante, como podemos fazer  a diferença na vida de tantas pessoas. Ver aqueles jovens desempenhando tão bem sua missão,  entregando suas vidas para salvar outras vidas de uma maneira tão generosa encheu meu coração de uma esperança em um mundo mais humano e justo. 

    No gesto de cada um pude perceber o reconhecimento, o carinho por aquele professor  que com certeza marcou positivamente a vida de cada um daqueles jovens cidadãos.
Após reler este relato, penso que todos os dias deveriam ser dia dos que fazem a Educação!

    Daqueles que comprometem sua vida em detrimento de outras vidas.
    Que se doam sem esperar nada em troca. 
  Que abraçam a ação não apenas como trabalho, mas como vocação-missão.

  Acredito que o educador seja  meio anjo, meio homem, um mediador  da sabedoria terrena e divina.

    E a cada dia sinto mais orgulho de ser professora !!!!
   E como diz Leci Brandão: “ Na sala de aula é que se forma um cidadão, na sala de aula é que se muda uma nação!”

Ana Jacqueline Braga Mendes