segunda-feira, 18 de dezembro de 2017

No Cariri - Hospitais passam por dificuldades

São 45 municípios com cerca de 1,5 milhão de habitantes o público atendido pelo Hospital Maternidade São Vicente de Paulo, Hospital Santo Antonio e Hospital do Coração, referências nas regiões do Cariri e Centro-Sul, além de estados vizinhos, no tratamento oncológico, neurológico e cardíaco. Os três passam por problemas para atender a demanda de pacientes.


A situação mais grave se encontra no Hospital do Coração e no Hospital Santo Antônio, que atende a cardiologia e neurologia, respectivamente. Apesar do teto financeiro para os procedimentos de alta complexidade terem subido, em maio, nos dois hospitais, o valor não é suficiente para atender o atual número de pacientes.

Segundo diretor de projetos das duas unidades, Egberto dos Santos, as cirurgias são caras e a demanda é grande. "Muitas vezes, o paciente chega, mas o problema não é grave. Ele entra na fila de espera, e o problema se agrava com o tempo. O procedimento que era simples, fica mais caro", explica.

Hoje, o Hospital Santo Antônio atende pelo SUS, cerca de 2.100 pacientes, enquanto o Hospital do Coração, em torno de 1.200, contando consultas, internações, exames e cirurgias. "Nós somos obrigados a atender 60%, mas chegamos a atender até 90%. O Ministério da Saúde sabe disso. Os dois hospitais estratégicos, essenciais para o SUS, pelos serviços e pela resolutividade", garante Egberto.

Para ter possibilidade de manter as portas abertas, podemos reduzir funcionários e o número de atendimentos. Fazer um aperto. Mas isso não é bom nem para o Hospital nem para a população. Pode ter gente morrendo sem atendimento e vai virar um caos", lamenta Egberto.

Alguns pacientes estão indo até Fortaleza por conta da fila de espera, gravidade e porque o teto financeiro não tem condições de atender. Por isso, Egberto prevê que, com o aumento do recuso, os problemas serão resolvidos. "Vamos buscar zerar a fila de espera o quanto antes, aí teremos tranquilidade de fazer conforme a demanda. Em três, quatro anos, atender o Cariri sem mais problema ou até pensar numa ampliação", completa.

Fonte: Diário do Nordeste