Levantamento do Conselho Federal de
Medicina (CFM) aponta que pelo menos 904 mil cirurgias eletivas estão
pendentes no Sistema Único de Saúde (SUS) em diferentes estados e
municípios do país. As cirurgias eletivas não são de urgência ou
emergência.
O estudo, feito pela primeira vez pelo
conselho, divulgado nesta segunda-feira (4) mostra que do total pelo
menos 746 procedimentos cirúrgicos estão na fila de espera há mais de
dez anos e 83% dos pedidos entraram na fila a partir de 2016. O
Ministério da Saúde informou que desde maio passou a adotar o sistema de
fila única para organizar a demanda. Especialistas afirmam que a demora
para realizar procedimentos, pode agravar o quadro do paciente.
Segundo o CFM, o número de demandas
represadas é provavelmente maior, já que somente 16 Estados e 10
capitais responderam. Há ainda a fila por procedimentos nos serviços de
saúde federais.
Outros sete estados e oito capitais não
enviaram informações, alegando não tê-las disponíveis ou por negativa de
acesso aos dados. Por ser o primeiro levantamento desse tipo, não há
dados dos anos anteriores. A pesquisa contabiliza o número de
procedimentos agendados, e não o número de pacientes na fila.
Na lista de espera, a maioria dos pedidos
de cirurgias é de catarata, hérnia, vesícula, amígdalas e adenoide, além
de cirurgias ortopédicas.
De acordo com os dados deste levantamento,
o Estado do Ceará, aparece em 8º lugar, com 18.434 casos de
procedimentos cirúrgicos na fila e Fortaleza aparece em 3º lugar, com
25.116 casos de procedimentos cirúrgicos na fila.
O Ministério da Saúde informou que, em
julho deste ano, foi fechada a primeira lista para cirurgias eletivas no
SUS. A lista identificou pouco mais de 667 mil pacientes aguardando por
algum procedimento eletivo no país.
O ministério ressalta que em maio deste
ano adotou o sistema de lista única para organizar a rede de saúde e
diminuir a fila de espera. O novo sistema tem o objetivo de centralizar
as demandas em um único cadastro e ampliar as possibilidades de
atendimento do paciente para outros hospitais de sua região.
Fonte: Cnews