Rumo ao ENEM 2018 3 - Aqui eu me divirto, aprendendo bem - Arte e Filosofia na obra de Rembrandt
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Na pintura “Filósofo em Meditação”, o pintor holandês de Rembrandt consegue fundir uma série de impressões e elementos filosóficos por meio de símbolos na pintura. O poder do conhecimento é representado pela luz cuja claridade é mais intensa sobre o filósofo do que a emanada pela fogueira. Luz e sombra se coadunam.
A serviçal (ou uma pessoa que convive com o filósofo) está alimentando a fogueira e parece não notar a presença do filósofo. A sua presença em segundo plano aponta para o fazer diário, repetitivo que manuseia o braseiro .
No plano central temos a figura de um ancião numa postura serena. Sua cabeça inclinada, suas mãos em concha, sua postura quieta diante do ambiente doméstico aponta para a atitude reflexiva, introspectiva em busca de algo dentro de si mesmo e/ou diante do mundo que é também uma atitude contemplativa, distante.
Temos aí uma contraposição entre a pessoa em seus afazeres domésticos que caracteriza uma atitude operativa enquanto o filósofo está em atitude contemplativa, reflexiva. Ou seja, o fazer diário em contraste ao “fazer” da busca do conhecimento.
A escada em forma de espiral pode ser interpretada como uma difícil tarefa em busca do saber, do mundo das ideias. O pintor sugere que devemos partir para o escuro e misterioso guiado pela luz (razão) em busca do conhecimento, de maneira gradativa, passo a passo, metaforizada em degraus, ou seja, cumulativamente que terminará no desconhecido, mas nos limites do conhecimento, pois a escada cessará. E isso requer paciência e atenção nessa subida.
Um outro detalhe que pode nos passar despercebido. O topo da escada retratada pela escuridão guarda um segredo: o desgaste do verniz ao longo do tempo. Para isso, a meditação se faz necessária – daí a necessidade do poeta em meditar. A porta fechada ao centro, próxima do filósofo, pode ser associada ao mistério. Na parte de cima da porta (ver detalhe 1) na parede, observamos um cesto. Ele parece nos indicar o movimento através de uma rotação helicoidal (palavra derivada de hélice, aquilo que repete movimentos circulares, em espiral, da hélice http://www.dicionarioinformal.com.br/helicoidal/ ) tendo como referência o cesto tal qual uma pupila de um olho e que nos leva ao exercício do pensar constante e infinito.
O subir e descer da escada demanda esforço físico. Mais uma vez o pintor metaforiza essa outra cena. Em busca do conhecimento, através da nossa meditação, devemos caminhar em direção aos degraus da reflexão. Essa subida exigirá de nós um esforço do intelecto que superará as dificuldades ao galgar as escadarias do saber.
Portanto, Arte e Filosofia expressam sentidos sobre uma mesma realidade.
FONTES CONSULTADAS
http://recantodofilosofo.blogspot.com.br/2015/07/as-imagens-do-filosofo-na-arte-de.htmlhttp://antoniopedrobelem.blogspot.com.br/2013/01/blog-post_3050.html
Manoel Mosilânio Malaquias da Cruz (Pixote Cruz)
Historiador (URCA), Pedagogo (URCA), Graduado em Mídias da Educação (MEC) Especialista em Mídias da Educação(UFC), em Educação e Direitos Humanos (UFC); em Análise Transacional (Academia do Futuro) e em Metodologia do ensino Superior (UNICAP). Pesquisador sobre Música Brasileira e Tutor do Projeto Professor Aprendiz da SEDUC- FUNCAP na área de Ciências Humanas. Professor de Graduação e Pós- Graduação da Faculdade FACEN. Professor da Rede Privada e Pública Estadual de Brejo Santo-Ce, e do Curso Sapiento. (Salgueiro – Pe)
Especialista e Consultor Educacionais das Matrizes Curriculares e dos Parâmetros Curriculares Nacionais e da prova do ENEM
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