quinta-feira, 14 de junho de 2018

COLUNA DA JACQUELINE - Entre Palavras

Entre Palavras


Durante vários dias foi veiculado nos meios de comunicação de todo Brasil um vídeo de um conteúdo que nos leva a várias reflexões. Em síntese o vídeo mostra a ação de alunos do primeiro ano do Ensino Médio,  ajudando um professor  na Escola Profissional  da Rede Estadual de Ensino  Balbina Viana Arraes, em Brejo Santo.

Com certeza um vídeo comovente!
E quais reflexões ele nos remete?

- Ao fato de que não vivermos em um mundo totalmente apático. A afetividade e o amor ainda são sentimentos fortes.

- A educação é transformadora.

- Ainda existem muitas redes de ensino envolvidas e comprometidas com a educação.

- A  missão -vocação do ser professor está além da relação salarial.
Entretanto, um fato nos chama a atenção. O que era para ser um ato normal de civilidade  humanidade, torna-se exceção.  Um professor ser  respeitado e amado  chamar a atenção  de mais de um milhão de pessoas? Como pode isso?

Fico pensando em um mundo de ponta - cabeça. Como minha mãe dizia na sua ingenuidade santa: o mundo está perto de acabar!

O simples transforma-se em extraordinário.  Foi essa frase que ouvi de um amigo.

Que tal revermos  nossos conceitos e pre  “conceitos”  a respeito da magnifica missão de educar.

Hoje conversava com Flavia Nonato, uma  amiga e colega de trabalho a respeito disso.  Não tinha internet na secretaria . Os e-mails a serem respondidos, os sistemas a  serem alimentados tinham que esperar. É a era  da globalização da comunicação. No entanto, o que parecia  caos, torna-se possibilidade do diálogo, da troca de saberes, da  afetividade.

Começamos a relembrar  vários cenas que vivenciamos em sala de aula, com alunos tidos como “problema” e professores que até perguntavam, entretanto não buscavam as respostas.   Paradigmas a serem  quebrados. Relembramos algumas experiências socializadas pela educadora Madalena Freire,  pelo aluno  protagonista do documentário Nunca me sonharam.

E nas idas e vindas da conversa tudo  convergia a uma única palavra, amor. Sinônimo de afetividade. O gesto de cuidar, de se importar.

Parece piegas, ultrapassado, mas é o que nos resta para alimentar a esperança em um mundo  mais justo e humano.

Como poetiza Rubem Alves: Todo jardim começa   com um sonho de amor
Por uma humanidade melhor!
 
Jacqueline Braga