Estes dias estava ouvindo Gabriel Chalita, em Moçambique na África falando sobre as palavras que unem .
E fiquei a refletir sobre as palavras que desunem. Há palavras que soam como arrogância, que dividem, que destroem, que são perversas. Uma simples palavra pode nos acrescentar ou pode nos destruir.
O que escrevemos pode ser apagado com o tempo, mas o que proferimos jamais será esquecido. É como uma flecha lançada.
Na epístola de Tiago, ele profetiza:
Quando colocamos freios na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar o animal todo. Tomem também como exemplo os navios; embora sejam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto. Semelhantemente, a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fagulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade. Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada pelo inferno. Toda espécie de animais, aves, répteis e criaturas do mar doma-se e tem sido domada pela espécie humana; a língua, porém, ninguém consegue domar. É um mal incontrolável, cheio de veneno mortífero.
Por isso não devemos esquecer que as palavras que proferimos são muito poderosas. Podem ser bênção ou maldição.
A energia e as vibrações pertencem as palavras. Não é só o que se diz, mas como se diz.
Padre Leo, sempre afirmava que as palavras deveriam ser ditas com caridade, mesmo a pior verdade dita com caridade , soa como brisa suave. Por isso , muitas vezes, o silêncio é a melhor palavra.
As palavras que unem são bonitas, tocam a alma. Tem um poder cicatrizante, curador. São balsámos. Como diz Rubem Alves : Há palavras que desatam nós.
Há pessoas que são iluminadas e usam as palavras como instrumento de cura! Como o mundo precisa delas.
Que tal usarmos as palavras para tornar o mundo melhor?
Carpe diem!
Jacqueline Braga