sábado, 7 de julho de 2018

COLUNA DO MARCOS GOMES - BR116, história, progresso e perigo

BR 116, HISTÓRIA, PROGRESSO E PERIGO


A estrada brasileira
Que tem maior extensão
Sente os efeitos do tempo
Na sua conservação
O povo está reclamando
Pois o que está faltando
É boa manutenção

Vai da nossa região
O meu querido nordeste
Seguindo de norte a Sul
Passando pelo Sudeste
Vem permitindo o acesso
Interligando o progresso
Do centro sul ao agreste

Foi aprovada no teste
Desde a sua construção
Do início em Fortaleza
Ao final em Jaguarão
Nela o progresso se expande
De Ceará e Rio Grande
Faz a interligação

Faz também conexão
No sudeste brasileiro
Com São Paulo, Curitiba
E com o Rio de Janeiro
Liga mansão a casebre
Passando por Porto Alegre
Terra de um povo guerreiro

Seu trajeto por inteiro
Da minha mente não sai
Mais de quatro mil quilômetros
Sua longitude vai
Sai do solo cearense
A terra Riograndense
Fronteira com Uruguai

A mente não se distrai
Eu volto a minha atenção
Ao trecho que compreende
Essa nossa região
Uma expressão rotineira:
“Essa grande buraqueira
Impede a circulação”

Chamo aqui a atenção
Das nossas autoridades
Não andem só de avião
Ao visitarem as cidades
Pois é preciso viver
Para depois entender
As nossas dificuldades

Há grandes variedades
Na buraqueira infernal
Tem o buraco quadrado
Buraco tradicional
Buraco com atendente
O buraco inteligente
Triangular e oval

Buraco na lateral
De tombar um caminhão
Tem buraco tão antigo
Já com sinalização
Tem buraco que eu conheço
Que já possui endereço
Feito na demarcação

É de causar impressão
Dependendo do tamanho
Tem no lugar habitado
Também em lugar estranho
Se está pequeno se expande
Ver-se buraco tão grande
Dando até pra tomar banho

Eu falo e não me acanho
Para jornal de valor
De Penaforte até Russas
Vê-se cenas de terror
Os buracos persistentes
Causam graves acidentes
Para o nosso condutor

Um alerta para quem for
No trecho mais destruído
De Brejo Santo a Milagres
Onde tem acontecido
Quebra de carro é frequente
Sem falar em acidente
Algo bastante temido



Um trabalhador sofrido
O velho caminhoneiro
Esse sofre triplicado
Seu lamento é verdadeiro
Frete desvalorizado
E num pneu estourado
Gasta todo o seu dinheiro

O acidente é rotineiro
É vergonhoso falar
É ônibus descendo aterro
Automóvel a capotar
Caminhão bate de frente
Nessa tragédia vi gente
Ainda vivo queimar


É revoltante lembrar
Que pra ter um documento
A gente tem que pagar
Seguro e licenciamento
Das muitas taxas que há
Ainda tem IPVA
Que eu não vejo fundamento

Já são quarenta por cento
De imposto colocado
Em cima da gasolina
Combustível utilizado
Pela grande maioria
Que circula todo dia
Nas rodovias do estado

Faço apelo a Deputado
Nesse poema que fiz
O poder executivo
Não haja como aprendiz
Una-se com a esplanada
E conserve a maior estrada
Federal desse país


Marcos Gomes de Sousa
Poeta, Radialista e Administrador.
Um incansável defensor da cultura popular.
Filho de Brejo Santo – CE, nascido no Sítio
Cachoeirinha – Distrito do Poço do Pau - Brejo Santo - CE.
Cantoria de viola é sua festa preferida.