sexta-feira, 9 de novembro de 2018

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Maria Gonçalves Pinheiro, Preta.


Maria Gonçalves Pinheiro, Preta. “Na casa das Pretas Tudo Pode”.


Retrato hoje uma mulher especial, que muito nos ensina com seu jeito tranqüilo, mas ao mesmo tempo de alegria: Preta, Maria Gonçalves Pinheiro nasceu no sitio lagoa do Mato em Brejo Santo. Filha do casal João Gonçalves de Sousa e Maria Novaes da Conceição. Ao todos foram nove filhos do casal, porém recentemente falecera seu irmão Antonio Gonçalves de Sousa, e aos poucos Preta vai relatando o nome de cada um de seus irmãos: Raimundo Gonçalves de Sousa (passou por dois mandatos de vereador), Joaquim Gonçalves de Sousa, José Gonçalves de Sousa, Teresa Gonçalves, Francisca Gonçalves e Donaria Gonçalves.

Preta recorda de suas brincadeiras de infância, as quais as melhores eram a brincadeira do grilo e de melancia. Ela diz que foi uma infância saudável, diferente das de hoje. Preta estudou na lagoa do mato. Fez o primário, mas depois já adulta estudou na Escola Bartolomeu com sua filha Ilse. Preta recorda da BR a qual não era asfaltada, muitas vezes iam a cavalo ou a pé.

No ano de 1960, Preta casa-se com Fernando Amaro de Lima, o qual nasceu também na Lagoa do Mato. Da união conjugal nasceram 4 filhas: Ilse, Zeneide, Nilda e Zeneide. Ela se emociona ao falar de suas filhas e de suas netas, principalmente quando teço palavras sobre o papel histórico e social de suas filhas. Ela diz: “São filhas muito boas, não tenho o que dizer delas, são professoras, uma família boa”. Fala de suas netas Fernanda e Fabiana, as quais são seus amores.

Preta nos ensina da alegria e a boa educação que deu as suas filhas e suas netas. Preta é uma pessoa querida por todos da comunidade, sempre sorrindo e amiga. E ao retornar a conversa ela lembra da sua juventude, das festas natalinas, festa do coração de Jesus, dos Padres Pedro e Dermival. Seu pai tinha uma casa na rua velha e sempre quando iam ao Brejo Santo, sua mãe permitia que fossem a praça, mas não demorasse. A festa maior era a ida as festas da Igreja, casamentos e renovações. Para ir as festas, seu pai fretava uma Jeep para irem a Igreja, inclusive a do Coração de Jesus.

Preta é amante da vida, gosta de ir ao Juazeiro do Norte, pois, como passa a semana com Fabiana sua neta, que estuda, ela diz que anda no comércio, e conta da sua disposição de viver. Ela diz que Brejo Santo hoje, tem outra realidade. Outra paixão de Preta são suas plantas.  Pergunto por que Preta? Ela diz que como ela tinha os cabelos cacheados e bem morena, seus pais começou a chamar de pretinha e assim ficou. Fico curiosa sobre a origem da Capela de São João Batista, foi uma iniciativa de seu sogro José Amaro e antes falecer pediu que Zeneide, tomasse de conta, e assim todos da família são envolvidos. Inclusive é uma festa bonita e participativa.

Aproveito o momento para perguntar sobre a alegria de sua casa, e sua receptividade, que por sinal, muito acolhedora. Fala de Gislaine e Weligthon que sempre foram presença em sua casa e amigos do coração. E assim todos que são bem vindos. Inclusive foi criado o chá na casa das pretas. Para matar a curiosidade pergunto como surgiu, e ela diz que foi uma idéia de Nilda, a qual intitulou: “Na casa das Pretas, tudo pode”, pois são momentos de encontro de amizades, conversas e risos. São presenças constantes Erenita e Dr. Cicero Baião, e amizade é recíproca. E é sempre assim, com Preta e nas casas das pretas.


Que maravilha ser recebida com tanto carinho por cada uma, que Deus abençoe as que compõe esta residência maravilhosa, cheia de amizades, sorrisos e carinho. Obrigada Preta por sua acolhida, e por você contribuir juntamente com suas filhas com a história de nossa cidade, principalmente na educação, um legado que muito marcou a vida de Zenilda, esta grande educadora.