quinta-feira, 27 de dezembro de 2018

COLUNA DA JACQUELINE - Ano Novo ou Vida Nova

Ano Novo ou Vida Nova

Estamos em contagem regressiva. Ano Novo ou Vida Nova?
O significado de ANO NOVO refere-se à meia-noite do dia 31 de dezembro; o dia primeiro de janeiro; também conhecido como ano-bom.
No Brasil usa-se muito o termo francês “réveillon”. A palavra faz referência ao momento festivo que antecede a passagem do ano é oriundo do verbo réveiller, que em português significa "despertar".
E para despertar  temos que estar dispostos a “matar” o que fomos e nascer de novo em cada momento da vida. Está aí um grande desafio. Dos maiores, senão o maior de todos! Assim afirmava Rubem Alves.
Será que estamos dispostos a sermos novas criaturas. Quem faz o ano novo? Aqueles que lutam por um mundo melhor. Saibam que bondade se aprende!
Ferreira Gullar dizia que o Ano novo não começa  nem no céu nem no chão
do planeta: começa no coração.
Concordo plenamente com Ferreira com Ferreira Gullar: o percurso do novo começar é do coração para mente. E não o inverso como pensam os materialistas.
Carlos Drummond poetiza: Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Que mundo novo queremos? Mia Couto responde com a sabedoria dos poetas – profetas: o que tenha tudo de novo e nada de mundo.
Como não parafrasear Rubem Alves?
Que nossos bons pensamentos para o Ano que se inicia sejam sementes que se transformem em árvores. Torço para que sejam ipês-amarelos...
Concluo com o poema de Cecília Meirelles:
Renasce em ti mesmo.
Multiplica os teus olhos, para verem mais.
Multiplica-se os teus braços para semeares tudo.
Destrói os olhos que tiverem visto.
Cria outros, para as visões novas.
Destrói os braços que tiverem semeado,
Para se esquecerem de colher.
Sê sempre o mesmo.
Sempre outro. Mas sempre alto.
Sempre longe.
E dentro de tudo.
Um Ano Novo , uma vida nova!
Por uma humanidade melhor!
Jacqueline Braga