segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Ceará - 36 pessoas foram resgatadas de trabalho análogo à escravidão em 2018

Há pouco mais de 5 anos foi marcado o dia 28 de janeiro, no Brasil, como dia nacional de combate ao trabalho escravo.  A data foi escolhida em homenagem aos auditores-fiscais do trabalho Eratóstenes de Almeida, João Batista Soares Lage e Nelson José da Silva, e ao motorista Ailton Pereira de Oliveira, assassinados quando investigavam denúncias de trabalho escravo em Unaí (MG).


Em 2018, 36 pessoas em condições análogas à escravidão  foram resgatadas no Ceará. Os trabalhadores estavam em Fortaleza e em Beberibe, onde quatro empresas foram autuadas, sendo três urbanas e uma rural. Segundo o auditor fiscal do trabalho, Sérgio Santana, os homens atuavam no ramo da construção civil e moravam no próprio ambiente de trabalho, em meio a entulhos e ferragens, com risco de choque elétrico, dormindo no chão, com alimentação precária e sem nenhum tipo de proteção individual.

Os resgatados são homens e têm entre 20 e 40 anos de idade, e um deles é menor de idade. Esse perfil corresponde ao que é encontrado no restante do país, em que 95% das vítimas desse tipo de crime são homens e 33% são analfabetos. O número de resgatados no Ceará, no ano passado, foi 80% maior em relação a 2017, quando 20 pessoas foram encontradas na mesma situação. Entre 2007 e 2017, o estado contabilizou 667 profissionais resgatados de situações de trabalho degradantes.


Os auditores do Ceará vão se reunir, nesta segunda-feira - quando será lembrado o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo -, no Sindicato dos Auditores-Fiscais do Trabalho no Ceará (Sindait), na Capital, para divulgar o balanço das ações de 2018 e dar detalhes de como serão as auditorias deste ano.

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do G1 CE*