O ESTADO E O CRIME
Meliantes a custo de ameaças
Querem ter o controle dos presídios
Criam regras e códigos, fazem vídeos
Esvaziam as ruas e as praças
Quebram Ônibus, atiram nas vidraças
Causam pânico nas instituições
Na disputa do crime há divisões
Onde o tráfico não teme a lei da bala
E a nação assustada se encurrala
Sitiada, temendo as Facções
Numa guerra incessante onde o poder
É por vias espúrias disputado
Ignoram a força do estado
Numa briga onde temos a perder
A Polícia trabalha pra prender
E a justiça está pronta pra soltar
Vê-se o crime querendo superar
O aparato da lei que foi montado
Mas por mais que ele seja organizado
O estado não pode recuar
Uns Políticos diante desse fato
Trocam farpas em clima de eleição
É notória a falta de noção
De alguns detentores de mandato
Solução não se vê sobre o relato
Rotineiro de alguns representantes
Para eles os assuntos importantes
São aqueles voltados pro dinheiro
E assim nosso povo Brasileiro
Continua a mercê dos governantes
A Polícia se alterna nas ações
Sendo muito aplaudida quanto acerta
Mas se erra, nem sempre se acoberta
E do povo, vem logo indagações
Quando os tiros alvejam os vagões
Há perigo eminente aos passageiros
Quando os erros da equipe são grosseiros
Cresce o número de mortes indevidas
Se os trabalhos prestados salvam vidas
Viram martes heróis nossos guerreiros
O Estado jamais vai se render
Aos insultos que vêm dos criminosos
Os Agentes são muito cautelosos
Bem treinados e prontos pra vencer
Em presídio bandido não vai ter
De escolher a logística da prisão
Essa história de cada Facção
Ter lugar mapeado chega ao fim
Mesmo que se rebele, crie motim
É preciso manter a decisão.
Marcos Gomes de Sousa
Poeta, Radialista e Administrador.
Um incansável defensor da cultura popular.
Filho de Brejo Santo – CE, nascido no Sítio
Cachoeirinha – Distrito do Poço do Pau - Brejo Santo - CE.
Cantoria de viola é sua festa preferida
