ANO NOVO, VIDA NOVA.
Ano
novo, vida nova. É como nos diz o ditado popular. Contemplando mais um ano que
está perto do fim, é natural dizermos isso. Mas o que é preciso para ter um
ano, realmente, novo? Essa minha reflexão de hoje é, justamente, para
encoraja-los a tentar fazer diferente desta vez. Apesar dos desafios que o
próprio novo traz, porque tudo é desconhecido, ele nos dá a oportunidade de
renovar as esperanças para buscar dias melhores.
Com
as esperanças renovadas, somos capazes de perdoar e esquecer aquilo que nos
pesa e chegar mais leve ao ano que se inicia. E, chegando mais leve ao ano que
se inicia, somos capazes de sonhar com novos projetos. Novos projetos animam a
vida e ajuda a vivê-la.
Um
gesto concreto, por exemplo, é escrever em um papel tudo o que consideramos
realmente importante, mas que, por uma ou outra razão, ainda não alcançamos.
Isso vai nos ajudar a perceber quais aspectos precisam ser melhorados,
modificados e até retirados na sua vida profissional e familiar, assim como nas
relações com os amigos e conhecidos. Escrevamos não só as metas, mas também os
sentimentos que não queremos mais alimentar.
O
novo, queridos ouvintes, é essa necessidade de tomarmos consciência das nossas
atitudes. Como diz o Apóstolo São Paulo em carta aos Coríntios, devemos “deixar
que as coisas antigas passem, para que surjam coisas novas” (Cf 2Co 5, 17).
Portanto, não faz bem seguir alimentando sentimentos e ações que não contribuem
para o nosso crescimento.
O
ano novo, então, deve ser esse equilíbrio entre o que precisa ser mudado e o
que pode ser aproveitado do ano que passou. Por isso, desejo a todos que possam
acolher o novo tempo com o coração aberto e disposto. E que Deus nos abençoe em
nossos bons propósitos. Amém!
* Padre Cícero José é pároco da Basílica de Nossa Senhora das Dores em Juazeiro do Norte-CE.