segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

COLUNA DO DAVID JR. - No Senado

NO SENADO... 

Convenhamos que não é mais de se estranhar qualquer baderna acontecida no cenário político brasileiro, principalmente no que se refere à Brasília, lá onde se concentram nossos três maiores poderes "independentes e autônomos". 

Na última sexta, 1° de fevereiro de 2019, legisladores estaduais e federais tomaram posse em seus respectivos cargos. Depois dos juramentos apaixonadamente patrióticos e democráticos, elegeram, as já escolhidas, mesas diretoras de Assembleias, e Câmara Federal.

No Senado... Não foi uma simples eleição! O espetáculo eleitoreiro entre os próprios Senadores da República durou aproximadamente 24 horas - de discussões intensas, ameaças e ofensas. 

O plenário tranformou-se em picadeiro, e foi o cenário ideal para que os excelentíssimos senhores protagonizassem a zorra. 

O candidato a presidente insistia em presidir a sessão, o ex-presidente não media esforços para ser novamente presidente, os outros candidatos mediavam a grande disputa, e por vezes se autodeclaravam derrotados pelos "gigantes", a Senadora Cátia Abreu bateu o pé, tomou a pasta da mesa, e estancou o processo eleitoral, ela queria o senador de mais idade para presidir o processo, segundo o regimento interno da casa. Renan e Tasso foram contidos pelos colegas - empurra, empurra. Os discursos tentavam convencer os espectadores de que aquela "briguinha" era a a velha política perdendo espaço para a renovação, outros senadores discursavam envergonhados por terem que ser protagonistas de toda aquela zona. Por fim, ao votarem, perceberam que existiam um envelope a mais na urna, alguém tentara fraudar o resultado. Mais discussões e ofensas. 

O novo Presidente do Congresso Nacional é o Senador Davi Alcolumbre, que defende um legislativo independente e jamais submisso a qualquer poder - é o que veremos? 

Enquanto isso, o busto de Ruy Barbosa no alto do plenário do senado, observava o acontecido, e talvez se pudesse, diria: 

"De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto."

Uma ótima semana. Até a próxima. 

David Junior 
Psicólogo e Professor