sexta-feira, 29 de março de 2019

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - As mulheres da terceira Idade de Brejo Santo presença marcantes na nossa história cotidiana.


As mulheres da terceira Idade de Brejo Santo presença marcantes na nossa história cotidiana.


“Lutamos para que a sociedade perceba que envelhecer não é uma doença e sim uma conquista, uma benção de Deus”! (Dra. Teresa Landim)
É com orgulho que encerro o mês dedicado a mulher homenageando todas mulheres da
terceira idade que se fizeram presente na I Conferencia Municipal do Idoso do município de
Brejo Santo, articulada pela Secretaria de Trabalho e Desenvolvimento Social, na pessoa de
Leily Moura e equipe, que trouxe como tema Os direitos de Envelhecer no século XXI. Elas
representam todas nós mulheres Brejossantenses com títulos de mães, guerreiras,
batalhadoras, admiráveis, corajosas, adjetivos inumeráveis. Diria até que são mulheres da
primeira idade, por que tudo o que se destinam a fazer é com satisfação.
É gratificante saber que as mulheres de Brejo Santo conquistaram seu espaço na sociedade ao
longo dos anos, vi em cada rosto uma história de vida percorrida aos 65, 70, 80 e 90 anos, mas
que estavam lá de pé, sentadas, cantando em um belíssimo coral ou aplaudindo e participando
como protagonistas dos direitos que cada uma tem perante a sociedade.
Enalteço essas mulheres porque os rostos simbolizam também candura de mulheres que se
dedicaram por seus maridos, filhos, netos e bisnetos, mas continuam firmes. Muitas não
tiveram um trabalho executivo ou de magistrado, mas tiveram a honradez de conduzirem suas
“grandes empresas” com fidelidade e dignidade. Algumas até nem casaram, mas se dedicaram
a causa de um sobrinho ou parente próximo e hoje desfrutam da alegria em preencher o
tempo com as amigas nas atividades dos CRAS. Em seu discurso a Dra. Teresa Landim destacou
a seguinte frase: “lutamos para que a sociedade perceba que envelhecer não é uma doença e
sim uma conquista, uma benção de Deus”! E é verdade. Envelhecer é para os nobres que
souberam driblar a vida sem perder tempo com futilidades, não é uma geração do frenesi, da
ansiedade, da depressão, mas uma geração da luta. Não é uma geração do Wat Zap, nem do
Facebook ou seja lá o que for que faz com que se perca tempo no encontro virtual dos amigos,
mas no tempo real. Elas se conhecem pelos nomes, pelas visitas trocadas, pelos favores feitos,
pela companhia na calçada. Elas foram as rainhas do município deste dia, não porque são
mães ou donas de casa, mas por serem mulheres. Justifico o pressuposto descrito porque
presenciei um diálogo entre duas amigas na satisfação em estar no encontro e em que uma

delas se justificava pelo telefone dizendo que “ajeitassem o almoço por que a reunião iria
demorar”. Elas disseram que tudo naquele dia era muito bom.
Percebi ainda a participação de cada uma no trabalho de grupo, discutindo e sugerindo sobre
os Direitos fundamentais na construção/efetivação das políticas públicas: saúde, assistência
social, previdência social, moradia, transporte, cultura e lazer. Em nome de todas trago a
pessoa de LOURDES CAETANO e GRACINHA, mulheres que se dedicam a causa do outro e que
participam ativamente das atividades na sua comunidade, não esquecendo o papel de dona de
casa, mas, essencialmente de SER MULHER.
Que bonito ver o brilho no olhar de cada mulher que traz o nome de todas nós: Socorro,
Francisca, Raimunda, Antônia, Damiana, Graça, Lourdes, Neuza, Izaudite, Josefa... nomes que

construíram e constroem a nossa história cotidiana. Nossa Gratidão a todas elas.