terça-feira, 9 de abril de 2019

Política - Deputado Guilherme Landim recebe e garante apoio ao Movimento Morhan




Na última sexta-feira (05/04), o Deputado Estadual Guilherme Landim (PDT) recebeu em seu gabinete representantes do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan). Artur Custódio, coordenador nacional; Faustino Pinto, vice-coordenador nacional e Edno Lima, membro da Comissão de Filhos Separados trouxeram as pautas a nível estadual da entidade fundada em 1981. 

De acordo com o Deputado, as solicitações do Morhan, na pessoa de seus representantes, são para encaminhamento de uma Audiência Pública na Assembleia Legislativa do Ceará a fim de buscar mais atenção para as pessoas que foram segregadas pelo Governo Federal em Colônias, como eram chamadas as vilas e alojamentos, durante os anos 1950 e 1960, e para os filhos que eram separados dos pais.

“O que eles buscam hoje é atendimento de saúde, psicológico, de assistência social, principalmente para os descendentes diretos daqueles que foram transferidos para Colônicas, os filhos, que foram atingidos psicologicamente por terem sido separados dos pais e obrigados a viverem em orfanatos, educandários ou creches, longe da família”, explica o deputado. 

Também existe, no Governo Federal, um projeto para indenização dos atingidos, e a instituição busca encaminhar diálogos com o Governo Estadual e a população neste sentido, feito já alcançado no Estado no Minas Gerais em dezembro de 2018, por meio da Lei 23.137, que autoriza o Executivo a conceder indenização aos filhos de pessoas com hanseníase. “Estamos nessa discussão e vamos encaminhar isso aqui na Assembleia, como também intermediar uma conversa com o Governo do Estado sobre esse assunto”, acrescenta Guilherme.

Saiba Mais
Existiram no Brasil 37 Colônias destinadas a moradia de pessoas com Hanseníase, doença que hoje tem tratamento e cura, mas a época não. Qualquer portador da doença era enviado para viver nas Colônias, sendo separado da família e dos filhos, caso tivessem. As crianças eram enviadas para espaços separados dos pais, na própria Colônia, ou para creches e educandário.

No Ceará,  a antiga colônias Leprosário de Canafístula, denominada atualmente de Centro de Convivência Antônio Diogo, fica em Redenção, a 50km de Fortaleza, e hoje é um espaço dedicado ao tratamento da doença. Já o prédio da  Colônia Antônio Justa, em Maracanaú, a 40 km de Fortaleza (CE), ainda existe, mas sem funcionamento.

*Da Assessoria do Deputado Guilherme Landim.