segunda-feira, 20 de maio de 2019

Brejo-santense e alunos do Senac exibem coleção de moda no DFB Festival

Imagem: O POVO.
Na última quinta-feira (16), aconteceu o DBF (Dragão Fashion Brasil), que é um evento anual de moda que acontece na cidade de Fortaleza. Tem esse nome em decorrência do local onde originalmente aconteciam os desfiles, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. É considerado o terceiro maior evento de moda do país.



Dentre diversas grifes e estilistas, estava o brejo-santense João Alves Neto, com a coleção cápsula Cariri Visceral. Que contou com a idealização dos alunos dos cursos de Costureiro, Modelista e Figurinista do Senac Crato. A proposta é traduzir o passado, presente e futuro que projetem a Região do Cariri como espaço múltiplo e forjador da identidade cearense e nordestina, usando a linguagem da moda. As referências vêm da diversidade, tradição, vanguarda, de toda herança cultural da terra dos Kariris, de Padre Cícero e de “Seu Espedito”, conhecida também como “Oásis do Ceará”, pela sua riqueza natural.

Na passarela, 13 looks foram elaborados coletivamente por 16 alunos, sob orientação da instrutora do Senac Crato no segmento de Moda, Ariane Morais. Entre macramês, cordas, palhas, organzas, voal, rendas, couros, acessórios de correntes e pedrarias, se destacam as peças de couro do Mestre da Cultura Cearense Espedito Seleiro e as tramas experimentais do artista-tecelão do Cariri, Alexandre Heberte.

O Cariri se apresenta visceral em sentido figurado e personificado por uma imagem feminina. “Uma mulher sol, poderosa e arraigada. Que se desloca na passarela em uma combinação de natureza extrema - chuva e seca, fósseis, folguedos, procissão, romaria, fé e devoção. Fazendo de conta que estamos entrando no cenário caririense num transe inconfundível, mas sem fazer desse ato apenas um show de tradições folclóricas – e sim um convite para conhecer e se encantar com uma das regiões mais inspiradora do Brasil”, define a instrutora.

Ela explica que o objetivo não é mostrar através da roupa ou do figurino pura e simplesmente quem é ou como se formou a região do Cariri. “Trata-se de lançar perguntas e, a partir de estímulos que evocam imagens e sentidos, desvendar memórias individuais e coletivas desse lugar”, conclui.




*Da redação do Blog do Farias Júnior