sexta-feira, 24 de maio de 2019

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Moisés da Cruz, Sr. Cruz

Moisés da Cruz, Sr. Cruz
 
 


Com carinho, venho retratar a pessoa do Sr. Cruz, conhecido por todos da cidade e por compor a nossa história cotidiana. Merece nossa homenagem por ser um homem integro e respeitado.

Moisés da Cruz, nasceu no dia 04 de outubro do ano de 1937, na cidade de Cascavel, cidade litorânea, perto de Fortaleza. Nosso diálogo começa de forma descontraída, inclusive na calçada de sua casa, por que é assim que deve acontecer o registro oral e da história do dia a dia. Pergunto ao Sr. Cruz sobre sua chegada a Brejo Santo e ele descreve com maestria seu registro histórico de vida pessoal. A vinda então, para Brejo Santo, se deve ao foto de que no final do ano de 1963 resolveu fazer carreira para a polícia, ou seja, ser Sargento Oficial, momento em que podia realizar a carreira devido ao curso de Admissão Ginasial, e para tanto, poderia fazer o oficialato. No ano de 1964, ano da Revolução, o Comandante o encaminhou para o interior, e o qual permanece até hoje, em junho fará 55 anos em que reside em Brejo Santo. 
 
No ano de 1964 conheceu Dona Socorro Malaquias da Cruz na cidade Porteiras, onde ele foi trabalhar como policial. Socorro era noiva com um jovem aqui da cidade de Brejo Santo, e ele com uma jovem em Fortaleza, porém o coração falou mais alto. Sr. Cruz revela que na época as moças do interior, eram mais conservadoras, diferentes das de Fortaleza. No ano de 1965 casaram-se com a qual possui uma progênie de 10 filhos, porém apenas sete estão vivos. Os filhos de Sr. Cruz e Dona Socorro fazem história em Brejo Santo, seja na carreira de Polícia, bem como na docência ou serviços públicos. Sr. Cruz cita-os na ordem cronológica: Moézio (mais velho), Mozar, Mozaneo, Mosilânio (Pixote), Manoel Mozângelo (Momó), Mônica e Ubirajara. 

Sr. Cruz trabalhou por muitos anos como escrivão de polícia, trabalho reservado, direcionando-se mais ao Cartório, foi um dos mentores em trazer a Policia Civil para Brejo Santo e conseguiu. Trabalhou por 40 anos na Polícia e por mais de 20 anos na Polícia Civil e hoje aposentado como Sargento de Polícia. Atualmente os escrivães da Polícia são Momó e Wagner Basílio. Sr. Cruz destaca que desde sua chegada a cidade, foi muito bem recebido por todos.
 
Houve momentos marcantes em sua vida é um deles é a participação na Igreja. A sua religiosidade muito forte, começa por participar como Ministro da Ordem Terceira Franciscana. Sr. Cruz foi Coordenador do Apostolado da Oração por duas vezes e fundador do Terço dos Homens e já fazem 15 anos que o grupo existe, no início cerca de 500 e atualmente tem a frequência de 70 homens. Sr. Cruz declara sua admiração por Monsenhor Dermival ao qual agradece e deve muito a sua religiosidade e sua participação na Igreja. 

Recebeu o título de cidadão Brejossantense na Gestão de Dr. Wider Landim, motivo de vaidade. Adotou Brejo Santo como sua terra natal, é uma cidade que ama e quer viver até os últimos dias de vida. SR. Cruz diz que não é político mas sempre manteve um bom relacionamento com todos os gestores da cidade inclusive Dr. Welington (in memoriam), Dr. Wider e manteve uma amizade com Dr. Webert que ajudou muito no terço dos homens por intermédio de Dra. Soraia e diz que  e Dr. Welilvan é seu médico de confiança.
Nosso diálogo encerra com uma pergunta peculiar a todos com quem converso: o que dizer de Brejo Santo? Eis a respostas na integra: “Brejo Santo é uma cidade muito hospitaleira, abraça os que vem de fora, apesar de não ser daqui, sinto-me bem na cidade, fiz muita amizade aqui”.  Sr. Cruz sempre preservou seus costumes religiosos e quando era policial sonhou com uma mulher de branco lhe oferecendo um Rosário e que ela seria sua arma de proteção por toda vida e que jamais deixasse de usá-la e até o momento mantém o Rosário em seu pescoço. 

Agradeço de coração ao Sr. Moisés da Cruz, por ser presença histórica na nossa cidade e pelos serviços prestados na sua carreira policial, como pessoa e como pessoa dedicada a Igreja. Através de sua pessoa agradecemos a todos da família bem como Dona Socorro e seus filhos que compõem o cenário da história cotidiana de Brejo Santo.