quarta-feira, 31 de julho de 2019

COLUNA DA JACQUELINE - Nos Bastidores do Futebol

Nos Bastidores do Futebol
No Rio Grande do Sul com a missão de realizar palestras, socializando o case de sucesso da Educação de Brejo Santo, pela Editora CENE e Max produções.
 
Sábado a tarde, decidimos eu, Samara, Edmilson, sua esposa Irenice, proprietários Da Cene e sua filha Ana Clara, irmos assistir o jogo no Estádio Beira Rio: Internacional e Ceará. Nunca me interessei muito por futebol, mas não resisti a curiosidade de conhecer um estádio e assistir um jogo com um time do meu estado.
 
O clima estava muito frio. Mas era frio mesmo!  Estava incomodando até os gaúchos, imaginem os nordestinos.
Mas tudo por uma boa causa! Chegamos no estádio que já estava sendo tomado pelos torcedores do Inter. Parecia uma grande mancha vermelha e branco. 
 
Entramos. A grandeza do estádio encheu nossos olhos. Bem cuidado e uma organização impecável. Nos acomodamos e comecei a passar mensagem para esposo e filhos. Fiz uma chamada de vídeo para que eles constatassem que estávamos realmente no estádio.
 
Um dos meus filhos  disse entre risos: mainha está entendendo tudo! Respondi: expect em futebol! Mas o  que conseguia ver eram vários jogadores chutando uma bola naquela imensidão de campo que me deixava sem folego.
 
De repente me dei conta que estávamos sentados bem no meio da torcida do Internacional e do outro lado do estádio vi uma pequena torcida do Ceará. Agora era ficar bem quietinha!
 
Ouvi quando alguns torcedores gritavam entusiasticamente: somos colorado. E pensei com meus botões: e o jogo não é Internacional e Ceará? Fiquei com vergonha de perguntar, mas logo em seguida percebi que a torcida do Inter se auto denominava colorado. Se meu neto Levi estivesse comigo diria: que mico vó! 
 
Perto de mim uma cadeira vazia. Chega um jovem e pergunta? Está desocupada? Falei que sim. Ele sentou-se, mexeu no celular e logo afirmou que torceria o Internacional, Entusiasticamente dizia ser “pé quente” e com certeza o Inter venceria. Acomodou-se e  perguntou: são nordestinos? Lógico que nos reconheceu pelo sotaque: o nordestinês.  Respondi prontamente: somos sim, cearenses. Ele me olhou meio sem jeito e disse: sou paulista mas  adoro o Ceará e conheço o cariri!   Mas hoje foi torcer pelo inter. Segundo ele, prometera a um amigo colorado, coisas de um bom Paulistano.
 
Iniciamos uma boa conversa que resultou em boas gargalhadas e finalizou com uma ligação de vídeo a sua esposa. Começamos ali uma amizade! Seu nome é Rodrigo, um São Paulino de carteirinha. O frio continuava intenso. De repente o grito de gol.  Vi Samara levantando, pulando e gritando gol. No momento pensei ter sido um gol do Ceará. Que nada! Era do Internacional. Olhei-a admirada e perguntei: está torcendo pelo Internacional? E ela: não... é o frio! Pronto foi o suficiente para rir horrores. 
 
De vez em quando um dos torcedores nos olhava atravessado sem entender bem aquela situação. Com certeza pensava: oh povo feliz!
E foi assim  minha primeira apresentação a um estádio de futebol . Entre risos e gritos de gol, só que, para o time adversário.
 
Final do jogo: 2 x 1 para o internacional.
Lembro da música do Skank e cantarolo:
O meio-campo é lugar dos craques
Que vão levando o time todo pro ataque
O centroavante, o mais importante
Que emocionante é uma partida de futebol
 
Por uma humanidade melhor!
Jacqueline Braga