quarta-feira, 28 de agosto de 2019

COLUNA DO PROFESSOR PIXOTE - Período regencial brasileiro.

Período regencial brasileiro

EU TÔ ENEM AÍ
BOM DIA.
Hoje tratarei de um assunto que poderá ser abordado no Enem 2019: O Período Regencial
COMO PROCEDER:
Inicialmente, leia os slides;
Em seguida, procure responder as questões,
Posteriormente, confira o gabarito, no final da folha.
LEMBRETES:
1. AS QUESTÕES SÃO INÉDITAS E FORAM ELABORADAS POR MIM.
2. Quantos dias faltam para o Enem 2019? 67 dias
RELEMBRANDO: DATAS DO ENEM 2019
PRIMEIRA PROVA: 03 de Novembro
Caderno de Linguagens e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias
Redação
SEGUNDA PROVA: 10 DE NOVEMBRO
Caderno de Matemática e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias
Um forte abraço!


COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EXIGIDAS NESSAS QUESTÕES 





RESUMO SOBRE O PERÍODO REGENCIAL EM SILDES

 PERÍODO REGENCIAL QUESTÕES INÉDITAS


PROCLAMAÇÃO em nome da Assembléia Geral aos povos do Brasil, dando conta dos acontecimentos do dia 7 de abril de 1831, e da nomeação da Regência Provisória, e recomendando o sossego e tranqüilidade pública.

BRASILEIROS! Um acontecimento extraordinário veio surpreender todos[...] foi operada pelos esforços, e patriótica união do povo, e tropa do Rio de Janeiro, sem que fôsse derramada uma só gota de sangue[...] D. Pedro I abdicou em seu Filho, hoje o Senhor D. Pedro lI, Imperador Constitucional do Brasil.[...] Do dia 7 de abril de 1831 começou a nossa existência nacional; o Brasil será dos Brasileiros, e livre. [...] a Independência da nossa Pátria, as suas Leis vão ser desde este dia urna realidade. O maior obstáculo, que a isso se opunha, retira-se do meio de nós; sairá de um país onde deixava o flagelo da guerra civil, em troco de um Trono que lhe demos. [...]como principiamos, e seremos apontados com admiração entre as Nações mais cultas.  VIVA A NAÇAO BRASILEIRA! VIVA A CONSTITUIÇÃO! VIVA O IMPERADOR CONSTITUCIONAL O SENHOR D. PEDRO II! (http://www.culturatura.com.br/dochist/doc/aabdicacao.htm)

QUESTÃO 01. Pela descrição do texto, é possível que afirma que abdicação de D. Pedro I
(A) reforçou o caráter da igualdade social pois o imperador representava o absolutismo e o escravismo no País.
(B) deve ser vista como um rearranjo das forças políticas que baniram a democracia com a saída de D. Pedro I.
(C)foi entendida com grande pesar e tristeza dada a situação política instável em que se encontrava a nação brasileira.
(D)seria a eliminação dos obstáculos à formação do país daí as exaltações finais do texto, aludindo às melhorias futuras.
(E) constitui-se na construção de um Brasil mais justo, prospero, democrático com plena justiça social para todos.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Abdicacao_Pedro_I_do_Brasil.jpg
D. Pedro I, entregando a carta de abdicação ao major Miguel de Frias e Vasconcelos, na visão do pintor e caricaturista Aurélio de Figueiredo. Óleo sobre tela de 1890. In: Revista de História da Biblioteca Nacional. Uso amparado pela Lei 9610.

QUESTÃO 02. A representação de D. Pedro I, nessa pintura demonstra-o
(A) Resoluto, firme e tranquilo ante à situação e altivo diante seus súditos.
(B)preocupado perante seus familiares e assessores com o destino do país.
(C) tristonho conforme se observa na família real e nos demais auxiliares.
(D)inconformado pois o mesmo foi obrigado a renunciar por ordem do exército brasileiro.
(E) esperançoso pois o mesmo compreendia que sua abdicação garantiria a corte no posto governamental.

QUESTÃO 03. Levando em conta que a pintura foi produzida em meados de 1890, ou seja, no início do regime republicano, é possível afirmar que a intenção do artista ao produzir a obra teria sido em relação a sua pessoa e a sua ação
(A) estilo populista- compreensão dos componentes culturais e estéticos.
(B) inação com as consequências familiares - afirmação do elemento identitário.
(C) compromisso político com a nação e a população - exaltação do herói nacional.
(D) representatividade popular - preocupação com a preservação da memória brasileira.
(E) ausência de interesse pelo seu povo e pelo destino da nação- desqualificação da monarquia.

"... Nasci e me criei no tempo da regência e nesse tempo o Brasil vivia, por assim dizer, muito mais na praça pública do que mesmo no lar doméstico."            (Justiniano José da Rocha).

QUESTÃO 04.   O comentário acima, faz referência
(A) a crise política evidenciada durante a regência entre escravos e a elite brasileira.
(B) ao aumento da população livre que acirrou as disputas por trabalho nas lavouras.
(C) as constantes revoltas e manifestações populares que assolavam as ruas da Capital do Brasil.
(D) a renúncia inesperada do Imperador D. Pedro I que gerou estabilidade econômica e social no país.
(E) a antecipação da maioridade de D. Pedro II que foi fundamental para a consolidação da democracia no Brasil.


Por Oficina litográfica Brito & Braga - http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo02/guarda_nac.html, Domínio público, https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=6265155
QUESTÃO 05. A imagem acima retrata a força paramilitar criada durante a regência para garantir o respeito a Constituição de !824. Sua principal função e sua composição encontra-se a saber, respectivamente em:
(A) preservação das leis- escravos libertos.
(B)contenção das rebeliões – Pessoas de renda.
(C)garantia da ordem local – camadas populares.
(D)manutenção do progresso – grupos sociais diversos.
(E) guarnecimento das fronteiras- exército profissional.

Art. 1º - Câmaras dos Distritos e Assembleias substituirão os Conselhos Gerais, sendo estabelecido em todas as províncias com o título de Assembleias Legislativas Provinciais.
Art. 26º - Se o Imperador não tiver parente algum, que reúna as qualidades exigidas, será o Império governado, durante a sua menoridade, por um regente eletivo e temporário, cujo cargo durará quatro anos, renovando-se para esse fim a eleição de quatro em quatro anos.
Art. 32º - Fica suprimido o Conselho de Estado. (Ilmar Rohloff de Mattos. O Império da Boa Sociedade: A consolidação do Estado Imperial Brasileiro)

QUESTÃO 06. o documento acima aponta para uma legislação criada no império brasileiro.  Essa legislação e a sua determinação constitucional apontada encontra-se a saber, respectivamente em:
(A) Regência Trina - eleição com experiência republicana.
(B) Código do Processo Criminal – centralização jurídica.
(C) Ato Adicional de 1834. – menor centralização política.
(D) Constituição de 1824 – determinação do federalismo.
(E) Guarda Nacional – Centralização militar territorial.

...valorizava-se novamente o município, que fora esquecido e manietado durante quase dois séculos. Resultava a nova lei na entrega aos senhores rurais de um poderoso instrumento de impunidade criminal, a cuja sombra renascem os bandos armados restaurando o caudilhismo territorial (...). O conhecimento de todos os crimes, mesmo os de responsabilidade (...), pertencia à exclusiva competência do Juiz de Paz. Este saía da eleição popular, competindo-lhe ainda todas as funções policiais e judiciárias: expedições de mandatos de busca e sequestro, concessão de fianças, prisão de pessoas,."

QUESTÃO 07.  O texto faz referência ao Código de Processo Criminal, elaborado durante o período regencial brasileiro que, entre outras razões
(A) permitiu o controle do Estado Imperial com punições severas dos crimes praticados durante o período.
(B) delegou a elite local formas de controle social bem como estabeleceu práticas de mandonismo.
(C) instituiu o juiz de Paz como forma de acabar os conflitos entre escravos e senhores.
(D) estabeleceu regras jurídicas para todos os grupos sociais existentes no país.
(E) eliminou a ideia da impunidade tão marcante em nossa sociedade.

Documentos inéditos descobertos na Inglaterra relatam que, apenas 13 anos depois de proclamada a Independência, o governo brasileiro pediu auxílio militar às grandes potências da época - Inglaterra e França - para reprimir a Cabanagem (...) no Pará. (...) Em 1835, o regente Diogo Antônio Feijó reuniu-se secretamente com os embaixadores da França e da Grã-Bretanha. Durante a reunião, Feijó pediu ajuda militar, de 300 a 400 homens para cada um dos países, no intuito de ajudar o governo central brasileiro a acabar com a rebelião. (Luís Indriunas, "Folha de S. Paulo", 13.10.1999)

QUESTÃO 08.  A reportagem acima aponta que a solicitação do governo brasileiro aos países citado visava evitar 
(A) a ingerência de Portugal nos assuntos locais.
(B)a fragmentação política do território nacional.
(C) a quebra da unidade nacional em torno da república.
(D)a difusão dos ideais absolutistas presentes na Europa.
(E) novas guerras de independência que assolavam o país.

"O período regencial foi um dos mais agitados da história política do país e também um dos mais importantes. Naqueles anos, esteve em jogo a unidade territorial do Brasil, e o centro do debate político foi dominado pelos temas da centralização ou descentralização do poder, do grau de autonomia das províncias e da organização das Forças Armadas."  (FAUSTO, Boris. HISTÓRIA DO BRASIL. 2 ed. São Paulo: EDUSP,  1995. p. 161.)

QUESTÃO 09.  De acordo com o texto, é possível identificar o clima de insegurança e instabilidade motivado pelo embate das forças políticas representados pela oposição:
(A) Monarquia X República.
(B) Mandonismo X Localismo.
(C)Unitarismo X Federalismo.
(D)Coronelismo X Caudilhismo.
(E) Absolutismo X Parlamentarismo.


"Nossas instituições vacilam, o cidadão vive receoso, assustado; o governo consome o tempo em vãs recomendações... O vulcão da anarquia ameaça devorar o Império: aplicai a tempo o remédio."             PADRE ANTONIO FEIJÓ, EM 1836.

QUESTÃO 10.  O Texto aponta algumas informações sobre o Período Regencial.  A ameaça do Vulcão da anarquia defendido por Padre Antonio Feijó, faz referência:
(A)ao movimento republicanista, que poria fim a monarquia brasileira.
(B) às revoltas regenciais, que ameaçava a integridade territorial da nação.
(C) aos movimentos favoráveis a abdicação de D. Pedro I, defendido pelas camadas populares brasileiras.
(D) à Guerra da Cisplatina, cuja província obteve a separação do Brasil e estimularia movimentos semelhantes.
(E)a antecipação da Maioridade de D. Pedro II, que colocaria em risco a economia e a sociedade agroexportadora.

Os Malês encontram-se na Bahia de 1835 um campo fértil onde semear a rebeldia escrava e tentar mudar a sociedade em favor dos africanos. Fundada na desigualdade etnorracial e social, a Bahia vivia nesse período uma crise econômica e política. As revoltas das classes livres pobres e dos dissidentes liberais de um lado e, de outro, as dos escravos africanos, ameaçavam a hegemonia política dos grandes senhores da Bahia e a própria ordem escravocrata. REIS, João José. Rebelião escrava no Brasil: a história do levante dos malês em 1835. São Paulo: Companhia das letras, 2003. P. 545.

QUESTÃO 11.   Sobre a revolta dos Malês de 1835, destacado no texto, depreende-se que
(A) trata-se de uma manifestação de escravos defensores dos princípios cristãos associados à religiosidade africana.
(B) foi um movimento contra a crise econômica e política que assolava a Bahia, mas sem o caráter abolicionista.
(C) representa uma rebelião de caráter essencialmente cultural e religioso em defesa da cultura africana.
(D) constitui-se um movimento contra a ordem escravista e o modelo da sociedade brasileira colonial.
(E) se refere a escravos defensores do liberalismo político e econômico e das raízes africanas na Bahia.

Na Bahia de 1835, os africanos muçulmanos eram conhecidos como “malês”. [...] O ambiente urbano de Salvador facilitou de muitas maneiras as atividades de propaganda islâmica. A relativa independência dos escravos, a presença de um segmento numeroso de libertos e a interação entre os dois grupos ajudaram a criar uma rede dinâmica de proselitismo, mobilização e convívio. Os malês que sabiam ler e escrever o árabe, fossem escravos libertos, passavam seus conhecimentos para outros. Reuniram-se nas esquinas para oferecer seus serviços e enquanto esperavam os fregueses se ocupavam da religião e rebelião. [...] (Reis. In: Campos, p. 155.)

QUESTÃO 12.  O texto acima, apresenta informações sobre a Revolta dos Malês as quais podemos inferir como:
(A) uma rebelião da elite rural baiense   desejosa por formar um califado na província brasileira.
(B) prevalência dos dogmas religiosos do Corão em um movimento popular de caráter urbano.
(C) um levante essencialmente religioso que buscava a proeminência islâmica sobre o catolicismo da Bahia.
(D) um conflito de caráter político -religioso entre brancos islâmicos e escravos umbandista e candomblecistas.
(E) uma revolta popular entre comerciantes islamizados e vendedores populares cristãos da província da Bahia.

A revolta de 1835, também chamada a 'grande insurreição', foi o ponto culminante de uma série que vinha desde 1807. A revolta desses escravos islamizados, em consequência, não será apenas uma eclosão violenta mas desorganizada, apenas surgida por um incidente qualquer. Será, pelo contrário, planejada nos seus detalhes, precedida de todo um período organizativo (...). Reuniam-se regularmente para discutirem os planos de insurreição, muitas vezes  juntamente com elementos de outros grupos do centro da cidade. (...) O movimento vinha sendo articulado também entre os escravos dos engenhos e os quilombolas da periferia. (...) O plano não foi cumprido na íntrega porque houve delação. (...) os escravos, vendo que tinham de antecipar a revolta, lançaram-se à carga de qualquer maneira. (...) Derrotada a insurreição, os seus líderes se portaram dignamente." (Moura,Clóvis. Os Quilombos e a Rebelião Negra. 7 ed. São Paulo, Brasiliense, 1987. pp. 63-69.)

QUESTÃO 13.  O Texto acima faz referência A Revolta de 1835 ocorrida na Bahia, denominada Malês. O objetivo principal do movimento e sua influência externa está respectivamente indicada em:
(A) Igualdade Jurídica – Revolução Francesa.
(B)Republicanismo – Independência dos EUA.
(C) fim da escravidão – Independência do Haiti.
(D) Afirmação religiosa -Império Napoleônico.    
(E)liberalismo econômico – Revoluções Inglesas

O *Motim da Carne sem Osso* ocorreu em Salvador, em 1858, durante o chamado Segundo Reinado. Dentre os motivos, estavam os abusos praticados no comércio da farinha de mandioca, fundamental à alimentação da maior parte da população daqueles tempos naquela região. A frase que deu nome ao movimento foi: “Queremos carne sem osso e farinha sem caroço!”. <http://www.historiadigital.org/category/historia-do-brasil/brasil-imperio/segundo-reinado/>.

 QUESTÃO 14.   O movimento acima citado evidencia
(A) que o direito de manifestação era uma prática respeitada pelas autoridades locais.
(B) uma das formas de resistência contra o regime escravista província da Bahia.
(C) que a farinha constituía na única base alimentar da população brasileira.
(D) a extrema violência da população baiense sobre as questões cotidianas.
(E) seu caráter popular e a questão social em torno do movimento.

Por ser o herdeiro de menor idade, a abdicação de D. Pedro I, em 1831, resultou na formação de governos regenciais que, até 1840, enfrentaram inúmeras dificuldades para manter a integridade territorial do Império.  Entre as várias rebeliões irrompidas nas províncias, a ocorrida no Maranhão notabilizou-se pela diversidade social dos insurgentes, entre os quais não faltaram escravos a quilombolas.

QUESTÃO 15.   A revolta mencionada denomina-se:
(A) Praieira
(B) Balaiada
(C) Farroupilha
(D) Cabanagem
(E) Revolta dos Malês

Leia, a seguir um trecho selecionado do livro O Povo Brasileiro de Darcy Ribeiro:
“ Essa ordem repressiva foi rompida no curso de (...) movimentos insurrecionais que, no século XIX, convulsionaram toda a Amazônia, dando lugar, como não podia deixar de ser, porque contestavam a própria unidade nacional, à mais cruel e sanguinária das conflagrações que registra a história brasileira, com um número superior a 100 mil mortos. O primeiro foi a Cabanagem, do Pará e do Amazonas (1834-40), que sublevou às populações rurais e urbanas. Primeiro, como um movimento anticolonialista e, depois, como uma revolução republicana e separatista. A Cabanagem punha em causa uma forma alternativa de estruturação do povo brasileiro gestada entre os índios destribalizados da Amazônia. Foi a única luta que disputou, sem saber, a própria etnia nacional, propondo fazer-se uma outra nação, a dos cabanos, que já não eram índios, nem eram negros, nem lusitanos e tampouco se identificavam como brasileiros.”(RIBEIRO, Darcy. O Povo Brasileiro: evolução e sentido do Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, p. 321).
QUESTÃO 16. O trecho selecionado apresenta a Cabanagem como
(A) um conflito de identidades no interior na floresta Amazônica, para ilustrar uma parte da História daquela região.
(B)   um movimento que possibilitou a transferência para o governo central de todo o sistema judicial e policial do Império.
(C)  uma revolta que teve início em meio aos conflitos políticos entre liberais e conservadores, foi, antes de tudo, uma revolta social.
(D)   uma revolução que defendia à adoção de tarifas protecionistas, que garantiam a concorrência platina, nos mercados brasileiros.
(E)  o período da Regência Trina Permanente foi marcado pela hostilidade entre três grupos políticos: Moderados, Exaltados e Restauradores.

Nas Revoltas subsequentes à abdicação, o que aparecia era o desencadeamento das paixões, dos instintos grosseiros da escória da população; era a luta da barbaridade contra os princípios regulares, as conveniências e necessidades da civilização.  (TIMANDRO. "O libelo do povo", 1849).

QUESTÃO 17.  O texto do panfletário acima apresenta um ponto de vista que reflete
(A) o caráter contraditório das camadas populares que punha em risco a unidade civilizatório do país.
(B) a distorção da imprensa sobre as revoltas populares, refletindo a visão da elite senhorial escravista.
(C) a real composição social brasileira à época regencial formada por civilizados e bárbaros revoltosos.
(D) a amplitude da insatisfação nas populações menos favorecidas contrárias à abdicação de D. Pedro I.
(E) o clima de convergências entre a elite e as camadas populares após a abdicação, gerando revoltas no país.

Iniciada como conflito entre facções da elite local, a Cabanagem, no Pará (1835-1840), aos poucos fugiu ao controle e tornou-se uma rebelião popular. A revolta paraense atemorizou até mesmo liberais como Evaristo da Veiga. Para ele, tratava-se de gentalha, crápula, massas brutas. Em outras revoltas, o conflito entre elites não transbordava para o povo. Tratava-se, em geral, de províncias em que era mais sólido o sistema da grande agricultura e da grande pecuária. Neste caso está a revolta Farroupilha, no Rio Grande do Sul, que durou de 1835 a 1845.             (Adaptado de José Murilo de Carvalho. "A construção da ordem: a elite imperial. Teatro de sombras: a política imperial". Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. p. 252-253.)

QUESTÃO 18.  O texto aponta
(A) as diferenças entre as revoltas Regenciais concernente aos grupos sociais.
(B)as semelhanças entre os movimentos rebeldes referente aos aspectos econômicos da cada região.
(C) os pontos comuns entre a Farroupilha e a Cabanagem no que se refere a oposição política ao federalismo.
(D)as divergências  entre os grupos sociais locais  motivadas por  fatores culturais entre civilizados e  gentalhos.
(E)as congruências entre os objetivos dos grupos liberais provinciais ao propor a monarquia constitucional no país.

Em nome do povo do Rio Grande, depus o governador e entreguei o governo ao seu substituto legal. E em nome do Rio Grande do Sul, digo que nesta província extrema, afastada da Corte, não toleramos imposições humilhantes. O Rio Grande é a sentinela do Brasil que olha vigilante o Rio da Prata. Não pode e nem deve ser oprimido pelo despotismo. Exigimos que o governo imperial nos dê um governador de nossa confiança, que olhe pelos nossos interesses, ou, com a espada na mão, saberemos morrer com honra, ou viver com liberdade. Carta escrita em 1835 por Bento Gonçalves, líder farroupilha, ao Regente Feijó. Adaptado de PESAVENTO, S. J. A Revolução Farroupilha. São Paulo: Brasiliense, 1990.

QUESTÃO 19.  A carta escrita pelo líder dos farrapos expressa crítica a monarquia brasileira indicada a saber pelo (a):
(A) inexistencia do patriotismo.
(B)controle econômico da provincía.
(C) descumprimento da Constituição.
(D) política unitarista e centralizadora.
(E) ausência de representação popular .

Guerra dos Farrapos, ou Revolução Farroupilha (1835-1845), foi o maior dos conflitos internos enfrentados pelo governo imperial. Durante dez anos, uma parcela da elite pecuarista rio-grandense, motivada por fatores políticos e econômicos, sustentou uma revolta contra o poder imperial, chegando a proclamar a República Rio-Grandense em 1836. Para arregimentar soldados, os farroupilhas incorporaram escravos às suas fileiras, prometendo em troca a liberdade após o fim do conflito. De olho na alforria, alguns negros fugiram das propriedades onde eram mantidos escravos para aderir à luta. Outros foram cedidos por senhores de terra que apoiavam a revolução.  [...]Somente nos últimos anos a importância e a dimensão da participação negra neste conflito têm recebido maior atenção. Hoje é possível afirmar com segurança que negros, índios e mestiços desempenharam papel fundamental na Guerra dos Farrapos não somente como soldados, mas também trabalhando em diversos outros setores importantes da economia de guerra, como nas estâncias de gado, na fabricação de pólvora e nas plantações de fumo e erva-mate cultivadas pelos rebeldes. OLIVEIRA, Vinicius Pereira de ;;SALAINI Cristian Jobi. Escravos farrapos.  Revista da História. www.revistadehistoria.com.br/secao/artigos/escravos-farrapos.

QUESTÃO 20     A participação dos escravos negros na Revolução Farroupilha
(A) estabelece sua igualdade na defesa da nação.
(B) está associada aos ideais nacionais de liberdade.
(C) pode ser considerada uma forma de resistência negra.
(D) representa o seu reconhecimento enquanto cidadão.
(E) representa a valorização dos mesmos enquanto sujeitos.

Desde 1835 cogitava-se antecipar a ascensão de D. Pedro II ao trono. A expectativa de um imperador capaz de garantir segurança e estabilidade ao país era muito grande. Na imagem do monarca, buscava-se unificar um país muito grande e disperso. (Adaptado de Lilia Moritz Schwarcz. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 2006, p. 64, 70, 91.)

QUESTÃO 21.  A cogitação da antecipação da ascensão de D. Pedro II, foi motivada pelo risco quebra da unidade pais provocada pelo (as)
(A)  Ato Adicional, que dava amplos poderes aos regentes em detrimento dos herdeiros da Família Imperial brasileira.
(B)  Regência Una, que estabelecia o unitarismo e anulava o federalismo em favos das elites agrárias do Centro- Sul.
(C) Guarda Nacional, que se rebelava contra o autoritarismo dos chefes militares nacionais defensores da República.
(D) revoltas regenciais, que revelaram a ausência de unidade entre as forças políticas nacionais.
(E) questão abolicionista, a qual punha em lados opostos os regentes e as elites agrária.

QUESTÃO 22.  Procure interpretar a "charge" de Miguel Paiva, analisando sua versão da Independência do Brasil.


A charge acima faz alusão ao seguinte fato histórico
(A) golpe da Maioridade.
(B) revolução Praieira.
(C) Noite das garrafadas.
(D) a queda da monarquia.
(E) a abdicação de D. Pedro I.

PARA RESPONDER AS QUESTÕES 23 e 24- Observe as quadrinhas populares cantadas nas ruas do Rio de Janeiro em 1840.
 
Canção 1 –
Suba ao trono o jovem Pedro
Exulte toda a Nação;
Os heróis, os pais da Pátria 
Aprovaram com união.

Canção 2 –
Por subir Pedrinho ao trono,
Não fique o povo contente;
Não pode ser coisa boa
Servindo com a mesma gente.    
  
(Versos anônimos. In Lilia Moritz Schwarcz, "As barbas do imperador")

QUESTÃO 23. Essas quadrinhas se referem a um período da História imperial brasileira conhecido como
(A) Primeiro Reinado.
(B) Revolução Praieira. 
(C) Golpe da Maioridade.
(D) Confederação do Equador. 
(E) Sucessão do Trono Português.

QUESTÃO 24. Em relação as quadrinhas, pode-se concluir que
(A)apresentam posições semelhantes quanto ao poder a coroação de D. Pedro II.
(B) o segundo texto defende a coroação D. Pedro II, o primeiro é contrário.
(C)os textos tem em comum o fato de serem de origem popular contrários à coroação de D. Pedro II.
(D) o primeiro apresenta D. Pedro II como unificador do país, o segundo denuncia o arranjo político do ato.
(E)os textos apresentam a Coroação de D. Pedro II como um ato de glorificação e redenção do povo brasileiro.

Gabarito:
1.D
2.A
3.D
4.C
5.B
6.C
7.B
8.B
9.C
10.B
11.D
12.B
13.C
14.E
15.B
16.A
17.B
18.A
19.D
20.E
21.D
22.A
23.C
24.D