Será que todo mundo se olha no espelho quando acorda? Será que a gente se esquece como somos quando dormimos e de manhã temos que nos olhar de novo pra lembrar? Algumas pessoas levam espelho na bolsa, se veem pela câmera do celular, ou ao passar pela vitrine de alguma loja dão uma olhadinha de lado para ver ver seu reflexo. Por que será que a gente se olha tanto? Eu já sei como sou e você também, então por quê?
Eu tenho uma teoria sobre isso, algumas pessoas se olham demais pois se comparam demais com os outras, somos todos humanos e fazemos parte da mesma raça: a humana, mas deixa eu te contar uma coisa; a gente só pode comparar coisas que são iguais!
Não podemos comparar um urso polar com um urso panda, os dois são ursos mas vivem em ambientes diferentes e se alimentam de modos diferentes. Se temos duas colheres na mesa e uma delas está torta podemos dizer que uma está melhor para usar, pois as duas são colheres iguais e tem as mesmas formas e a mesma função.
Afinal, somos iguais ou diferentes? Segundo o dicionário diferente é aquele que é diverso, será que num mundo tão grande todos nasceram com os mesmo trejeitos, as mesmas habilidades, os mesmos gostos, os mesmos olhos, os mesmos cabelos? Entenda a particularidade de cada um. Na Biologia temos os Fenótipos que são as características de cada animal, cor dos olhos e textura do cabelo, por exemplo, e temos também os Genótipos que são aqueles que revelam as características genéticas de cada indivíduo, você pode ter uma irmã ou um irmão gêmeo, mas vocês não são a mesma pessoa, se existissem clones como no filme Eu, o Robô até poderia comparar, mas abra a janela, observe as pessoas passando, cada pessoa que passa é um ser, único. Fenótipos e Genótipos diferentes. Talvez não sejamos somente diferentes e sim únicos.
Existem várias pessoas com o mesmo nome que você, que escuta as mesmas bandas que você, que nasceram no mesmo dia que você, mas nenhuma delas é você. Então pra quê se comparar? Ou melhor, por quê ?
Vamos começar a comparar mais o nosso eu do passado com o nosso eu do presente, assim veremos nosso progresso, que leva um tempo, mas entenda que cada fase passa por um processo, respeite o sinal, coloque o cinto pois a viagem é grande, mas é simplesmente emocionante. O mundo tem 7 bilhões de pessoas, cada uma com suas características únicas, como nós ainda vivemos nos comparando com os outros? alguém me explica por favor. É importante lembrar o que disse um velho poeta já in memorian chamado Carlos Drummond: “Ninguém é igual a ninguém. Todo o ser humano é um estranho ímpar.”
A @colun_avertebral é um projeto idealizado pelas estudantes, Eduarda Vitória & Sarah Regina, do curso de Jornalismo da UFCA.