sábado, 21 de setembro de 2019

Ceará - Número de acidentes em BRs que cortam o estado recua 25%.

O total de acidentes em rodovias federais no Ceará diminuiu 25% em 11 anos. O número de mortes seguiu a tendência de baixa, mas de apenas 6%. Em 2018, dos mais de 5 mil óbitos registrados em BRs do País, 179 foram em estradas que cortam o Estado. Para os próximos anos, a expectativa é que os números voltem a subir.


Quem faz a previsão é o especialista em trânsito, mobilidade e segurança, Renato Campestrini. Ele pondera que, com a retirada dos equipamentos de fiscalização das rodovias no último mês de agosto, já é nítido o aumento do desrespeito aos limites de velocidade. "Se com a fiscalização já tinha um número considerável de acidentes, sem (os equipamentos), com certeza vamos sentir o crescimento em 2020 e 2021", analisa. Ele comenta os dados publicados no Painel de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, formulado pela Confederação Nacional do Trânsito (CNT).

O órgão comparou números de 2007 a 2018, sétimo ano consecutivo de diminuição do número de óbitos nas BRs. Sobre o Ceará, há dois destaques: a BR-116, que começa em Fortaleza e passa por 16 municípios cearenses, registrou o maior número de mortes no País - dos 649 óbitos na rodovia, 63 foram nos limítrofes do Ceará; e 58% dos acidentes nas rodovias federais no Estado envolviam motocicletas. De acordo com dados do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no Ceará, atualizados em julho, três trechos da BR-116, totalizando 90 km, exigem cuidado do condutor; sete trechos pedem atenção e 13 indicam boa viagem. Curvas perigosas e buracos configuram os principais problemas. Condições que podem influenciar diretamente na ocorrência de acidentes.

Assim como no resto do País, o perfil de vítimas no Ceará é de homens adultos. Enquanto a média nacional de mortes é de 81,7% de pessoas do sexo masculino e 34,7% entre aquelas acima dos 45 anos, a proporção aumenta no Ceará sendo 86,6% para o primeiro grupo e 36,9% para o segundo. O POVO solicitou informações à Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Estado. O objetivo era entender os principais motivos para a recorrência dos acidentes. A reportem não obteve retorno até o fechamento desta edição. 


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do O POVO.