Valdomiro
Antônio dos Santos - MIRÓ, SERVO DE Deus e da Igreja.
Muitas histórias cotidianas foram registradas, mas hoje em especial faço homenagem a alguém que foi e continua presente na vida da cidade e da Igreja: Miró da Irmandade do Santíssimo ou da Igreja. Um homem que sempre esteve disponível ao serviço, como ele mesmo revela em uma conversa na sua residência.
Filho do Casal Antônio Pedro e Luzia da Conceição, nasceu no sitio Moquém dos Cândidos na cidade de Brejo Santo, no ano de 1942, hoje com 77 anos. Miró diz que sua vida não foi fácil, aos cinco anos de idade começou a ajudar seus pais, muitas vezes saia cedo com uma baladeira para matar passarinho, a rolinha afim de trazer pra casa e assim se alimentarem. Mas diante das dificuldades tiveram que ir embora pra tentar a vida lá fora. Foram embora pra o Estado do Paraná. Revela que o frio lá era de “rachar”. Mas juntos lutaram por uma vida melhor, principalmente na cidade de Tabira. Era uma família típica nordestina, numerosa. Diz que após a morte de seu pai ele ficou tomando conta da irmã Terezinha e da mãe e era como se fosse pai das duas. Comprou uma casa simples de madeira e assim foram vivendo.
Desde cedo Miró gostava de servir a Igreja e começou a participar da Congregação Mariana e levou junto sua irmã para ser filha de Maria. Sempre foi trabalhador, diz que o seu dinheiro foi para ajudar sua mãe e sua irmã e muitas vezes não comprava nem uma roupa pra seu uso.
Veio embora pra Brejo Santo, começou mais uma vez sua luta e desta vez veio com Chico Cassaco pra Vila Esperança. Conheceu sua esposa Esmeralda (in memoriam) e desta união tiveram os filhos: Raimundo, José, Reginaldo e Rosa.
A caminhada de Miró começou acompanhando seu pai pra Igreja, mesmo depois da morte de seu pai e ele continuou sua caminhada. Atuou na Irmandade do Santíssimo, e do ECC. Diz que por intermédio da Irmã Maria do Rosário (in memoriam) começou a servir no ECC (Encontro de Casais com Cristo), depois foi trabalhar na Pastoral do Noivos com Dona Anetília. Com uma memória ainda boa, apesar da dificuldade em falar, devido ao um AVC, ele recorda que ajudou os ministros João Zacarias e Carlos Martins de Morais (in memoriam), visitou muitos doentes. Outra atividade realizada por Miró foi ajudar o Monsenhor Dermival, nunca deixou ele sozinho, e ajudava o Sr. João (in memoriam) que tocava o sino da Igreja. Diz que o “fogo” (Círio pascal) da meia noite do sábado de aleluia ele era o responsável por acender. Inclusive a bandeira do Sagrado Coração de Jesus ele ajudava hastear. E merece destaque sua participação e atuação na Irmandade do Santíssimo junto com Luizinho, sempre atento em organizar a procissão nos dias de procissão e de festa por 12 anos consecutivos. Destaca ainda o terço dos homens, sempre rezou, e ainda hoje , quando dar certo, as vezes vai conduzido por seu filho. Atualmente recebe a visita do Ministro da Eucaristia em sua residência para assim se fortalecer na fé. Mas certa vez, ao ir ao sitio Simão foi pego de surpresa, passou mal e foi detectado um AVC, desde então vive aos cuidados dos filhos e dos netos.
Nossa gratidão a sua participação na nossa história cotidiana, por ser disponível ao serviço do Reino de Deus lhe proteja e que Nossa Senhora lhe cubra de bênçãos por todo carinho e devoção.
