A segunda feira como sempre é um dia cheio de afazeres. Sabe que até achei bom. O dia ficou mais curto. O sentimento de tristeza que invadiu meu coração pela perda de uma amiga, deu lugar a diversas atividades, mesmo sentindo que ela não tinha ido embora (a tristeza), apenas estava escondida sobre as múltiplas ações da educação.
No inicio da tarde, entre folhas e tela do computador, um dos colegas adentra a sala e nota que troquei de óculos: Eita, chefinha mudou de óculos! Brinquei: são logo três. Um para perto, outro para longe e outro para encontrar os dois quando perco! A risada foi geral! Mas míope é assim mesmo!
Neste momento entra Luciana, nossa Lú. E nos narra um fato da sua vida, que me deixou mais sua fã do que já era. Ela conta que nasceu com baixa visão, e até os médicos achavam difícil ela evoluir nos estudos. Enfatizou que a mãe foi uma guerreira. Podia faltar dinheiro para qualquer coisa, menos para suas consultas ao oculista e para seus óculos. Sua voz estava embargada pela emoção. Como não se emocionar? Nos abraçamos, como que celebrando a vitória daqueles que creem que “tudo posso naquele que me fortalece”.
Ao termino da noite, já recolhida, começo a pensar nos acontecimentos do dia e aquela cena me volta a mente e ao coração com toda intensidade.
Luciana realmente é uma guerreira. Quantos NÃO ela enfrentou? Quantos bullying ela sofreu?
Mas o que realmente importa é que ela venceu! Uma grande filha, esposa, mãe, educadora . Como tenho orgulho de poder contar com ela na equipe da educação.
Escuto o tocar da campainha do celular, avisando que chegou mensagem do whatsapp. Era minha querida amiga Lindaura Torres. Me enviou um vídeo que cabia perfeitamente em tudo que estava sentindo. Era uma canção que dizia assim:
Rir até doer a barriga
pão quentinho da padaria
receber carta pelo correio
ouvir o alarme do recreio
Andar descalço na areia
barraca, lua, uma fogueira
lamber colher do bolo
encontrar moeda no bolso
Correr na rua
banho de chuva
sorvete no verão
brincadeira de irmão
Orgulho de trabalho bem feito
chegar em casa mais cedo
brincar com seu cachorro
a mãe deixar ficar com o troco
Elogiarem sua comida
estar com a família
mensagem de madrugada
música predileta bem alta
Cantar debaixo do chuveiro
dançar na frente do espelho
reencontrar velho amigo
apertar plástico bolha
ficar um tempo à toa
Mas se a gente juntasse as pequenas alegrias
seríamos felizes todos os dias!
E comecei a pensar nas pequenas alegrias do dia... e não é que fui dormir muito feliz!
Que tal fazermos esse exercício de felicidade a cada terminar do dia?
apertar plástico bolha
ficar um tempo à toa
Mas se a gente juntasse as pequenas alegrias
seríamos felizes todos os dias!
E comecei a pensar nas pequenas alegrias do dia... e não é que fui dormir muito feliz!
Que tal fazermos esse exercício de felicidade a cada terminar do dia?
Por uma humanidade melhor!
Ana Jacqueline Braga Mendes