quarta-feira, 9 de outubro de 2019

COLUNA DO PROFESSOR PIXOTE - Mega revisão Enem 2019 - Eu tô enem aí


Mega revisão Enem 2019 - Eu tô enem aí

BOM DIA. 
Hoje tratarei de assuntos diversos de História e Filosofia que poderão ser abordados no Enem
COMO PROCEDER:
Inicialmente, procure responder as questões,
Posteriormente, confira o gabarito, no final da folha. 

LEMBRETES- 
1.AS QUESTÕES SÃO INÉDITAS E FORAM ELABORADAS POR MIM. 
2.Quantos dias faltam para o Enem 2019? 25 dias
RELEMBRANDO: DATAS DO ENEM 2019
PRIMEIRA PROVA: 03 DE NOVEMBRO
Caderno de Linguagens e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências Humanas e Suas Tecnologias
Redação
SEGUNDA PROVA: 10 DE NOVEMBRO
Caderno de Matemática e Suas Tecnologias
Caderno de Ciências da Natureza e Suas Tecnologias

3. COMPETÊNCIAS E HABILIDADES EXPLORADAS NAS QUESTÕES ABAIXO. 





4. QUESTÕES INÉDITAS MODELO ENEM 
QUESTÃO 01. Leia o texto e o associe às revoluções burguesas ao final da Idade Moderna.
E a contar do século XVI multiplicam-se os nomes dos filósofos e cientistas, com o culto da natureza, da experiência, da mecânica. [...] Aparecem as associações para o estudo da realidade. Ganha impulso o ensino técnico, até aí descurado*. Revê-se o culto dogmático da tradição, outrora vivo, com posições de reexame do que fora dito por filósofos vistos por definitivos em tudo. Se antes havia a cabala, a astrologia, a magia, a alquimia, agora há a experiência que dá sentido científico ao estudo e às inquietações. A técnica, em suas feições mecânicas, passa a ser considerada. Surge a ciência moderna, antidogmática, fundada no experimentalismo. [...] IGLESIAS, Francisco. A Revolução Industrial. São Paulo: Brasiliense, 1981. Coleção Tudo é História, n. 11, p. 82. In: VICENTINO, Cláudio. História geral: Ensino Médio. São Paulo: Scipione, 2006. p. 289.
Glossário - * Descurado: descuidado, negligenciado.
O texto permite afirmar que
(A) o Iluminismo, apesar das mudanças políticas que possibilitaram a ascensão burguesa, não teve um expressivo impacto na Revolução Industrial.
(B) as teorias iluministas serviam como base científica para a evolução técnica da produção, característica da Revolução Industrial.
(C) as revoluções burguesas do século XVIII ocorreram em espaços distintos, de modo que não guardam entre si relações de causalidade.
(D) a Revolução Industrial foi causa necessária para que ocorresse a racionalização da produção intelectual na Europa, antes imersa na superstição.
(E) paradoxalmente, o pensamento racional e empirista ostentado pela Igreja serviu como base para sua crítica, especialmente em função de sua eficácia no aprimoramento da economia

QUESTÃO 02. (C3H14) Leia os versos que o dramaturgo alemão Bertold Brecht escreveu, inspirado pela Comuna de Paris:
Considerando nossa fraqueza, os senhores forjaram/ Suas leis para nos escravizarem/ As leis não mais serão respeitadas […]/ Considerando que para os senhores não é possível/ Nos pagarem um salário justo/Tomaremos nós mesmos as fábricas/ Considerando que sem os senhores, tudo será melhor para nós/ Considerando que os senhores nos ameaçam/ Com fuzis e canhões/ Nós decidimos: de agora em diante/Temeremos mais a miséria que a morte.
BRECHT, Bertold. Os dias da comuna. In Teatro completo, v. 10. São Paulo: Paz e Terra, 1993. p. 47-48.
A Comuna de Paris, de 1871, foi a ocasião em que, em meio aos acontecimentos da guerra franco-prussiana, os trabalhadores parisienses se rebelaram e tomaram o poder na cidade, governando-a entre março e maio daquele ano. Considerando as palavras de Brecht, entende-se que a Comuna de Paris foi uma tentativa de estabelecer um governo
(A) socialista e influenciado pela noção de luta de classes de Marx.
(B) militar e determinado a impedir a participação popular na tomada de decisões.
(C) liberal e direcionado à formação de uma economia de mercado.
(D) republicano e voltado à aprovação de leis e decretos burgueses.
(E) monárquico e inspirado pelo desejo de retorno do absolutismo
QUESTÃO 03 . (C1H1) Leia o fragmento de texto atentamente, considerando que ele aborda um dos conceitos fundamentais de Santo Agostinho.
“Com efeito, tanto as qualidades corpóreas como a luz são visíveis, mas as qualidades corpóreas não podem ser vistas se não forem iluminadas pela luz. Assim também deve-se considerar que os conceitos relativos às ciências, que quem quer que entenda considera absolutamente verdadeiros, não podem ser entendidos se não forem, por assim dizer, iluminados por um sol próprio.” REALE, Giovani; ANTISSERI, Dario. História da Filosofia: Antiguidade e Idade Média. 6. ed. São Paulo: Paulus, 1990. p.442-443. v. I.
Considerando o texto e seus conhecimentos sobre Santo Agostinho, assinale a alternativa correta.
(A) O conceito em questão não tem relação com a teoria do conhecimento, estando ligado exclusivamente ao aspecto teológico, área central do pensamento de Santo Agostinho.
(B) O fragmento de texto refere-se à defesa de Agostinho sobre o conhecimento sensível. Segundo o filósofo, por meio do conhecimento sensível torna-se possível atingir o conhecimento da verdade.
(C) O conceito em questão é o da graça. Segundo Santo Agostinho, somente por meio da graça é que se poderia alcançar o verdadeiro conhecimento sobre a realidade. A graça advinha de Deus, o único capaz de oferecer um conhecimento seguro.
(D) O conceito em questão é o de iluminação divina. Segundo esse conceito, o homem teria em sua alma o conhecimento da verdade, mas a luz divina seria a responsável por torná-la inteligível.
(E) O texto trata do conceito de verdade, a busca fundamental de Santo Agostinho em Filosofia. Ela poderia ser alcançada somente por meio de Deus e do cristianismo.
QUESTÃO 04. (C1H1) Relacione a imagem abaixo ao Mito da Caverna de Platão, um filósofo da Antiguidade. Em seguida, considerando a imagem e seus conhecimentos sobre esse filósofo, assinale a alternativa correta.
(A) Comparando-se a imagem com o Mito da Caverna, pode-se estabelecer uma relação entre a tevê e a realidade: a tevê mostra como as coisas são na realidade, afastando as sombras.
(B) Os três indivíduos que estão assistindo à tevê podem ser comparados com aqueles que saíram da caverna, enxergaram a realidade e agora não contemplam mais as sombras, ou seja, a distorção da realidade.
(C) A tevê pode ser entendida como as sombras projetadas no interior da caverna, e as pessoas que estão assistindo às imagens televisivas, como os três prisioneiros iludidos pelas sombras.
(D) Piteco, que aparece com a cabeça na porta, é mais um prisioneiro que está contemplando as sombras da caverna – nesse caso, a tevê –, acreditando que ela é a mostra da realidade.
(E) A imagem não pode ser comparada com o Mito da Caverna, pois Platão elaborou essa teoria em um contexto completamente diferente.

QUESTÃO 05 (C3H12) Leia o documento com o fim de identificar as razões para a formação dos laços de fidelidade na Idade Média europeia, bem como o papel da justiça nesse contexto.
Diante da fraqueza do poder público e da necessidade de segurança, desenvolveram- se as relações pessoais, diretas, sem intermediação do Estado. Estreitaram-se os laços de sangue, as relações dentro das linhagens, grupos cuja solidariedade podia proteger melhor os indivíduos dos perigos de fora. De acordo com essa forma de pensar, a morte violenta de uma pessoa atingia todo o grupo, o que punha em ação [...] a ‘vingança dos parentes’. Ou seja, na falta de instituições públicas que pudessem punir o agressor, os amigos e parentes da vítima faziam justiça pelas próprias mãos. Dentro do mesmo espírito, pelo velho costume germânico do [...] ‘o preço do homem’, a culpa de um indivíduo comprometia toda a sua família e devia ser resgatada por meio de um pagamento à família da pessoa ofendida ou prejudicada. [ ... ] Esse forte sentimento de parentesco, tanto no seio da aristocracia quanto no do campesinato, era contudo insuficiente para as necessidades sociais. Daí a formação de vínculos para fora dos laços de sangue. [...] Como os laços familiares não bastavam, criaram-se laços artificiais, uns ligando homens livres entre si, outros ligando homens livres a dependentes. [...]
FRANCO JÚNIOR, Hilário. Feudalismo: uma sociedade religiosa, guerreira e camponesa. São Paulo: Moderna, 1999.
A partir da leitura do texto sobre a Idade Média europeia, pode-se concluir que
(A) o preponderante papel do Estado era responsável pela manutenção de uma sociedade igualitária, na medida em que intervinha no corpo social com o fim de mediar os conflitos sociais e coibir a violência.
(B) a justiça medieval respeitava os direitos individuais, punindo pessoalmente e exclusivamente o autor de determinado crime ou dano.
(C) os órgãos públicos medievais eram ineficientes, de modo que se desenvolveu uma concepção de justiça privada mantida pelo Estado com o objetivo de deixá-lo mais apto às intervenções econômicas, expressas pela criação de monopólios, por exemplo.
(D) as relações derivadas da fraqueza das instituições públicas medievais revelam a criação espontânea dos grupos sociais de formas de participação no espaço público que reforçavam os laços de solidariedade social, responsáveis pela criação de uma sociedade igualitária, no interior da qual os grupos sociais poderiam ter equânime participação nas riquezas produzidas.
(E) a insegurança e a ineficiência do Estado como mediador dos conflitos sociais geraram formas de agrupamento social entre indivíduos que pertenciam ao grupo social dominante, bem como entre esses e a população pobre, submetida ao seu domínio, fundado na propriedade privada da terra.

"(...) Assim, não pense que foram tirados do poder, os bens e a liberdade (dos indígenas): e sim que Deus lhes concedeu a graça de pertencerem aos espanhóis, que os tornaram cristãos e que os tratam e os consideram exatamente como digo. (...) Ensinaram-lhes o uso do ferro e da candeia (...) deram-lhes moedas para que saibam o que compram e o que vendem, o que devem e possuem. Ensinaram-lhes latim e ciências, que valem mais do que toda a prata e todo o ouro que eles tomaram. Porque, com conhecimentos, são verdadeiramente homens, e da prata nem todos tiravam muito proveito. (...)"GÓMARA, Francisco López de. História General de las Índias.     Coletânea de Documentos para a História da América. São Paulo: CENP, 1978
QUESTÃO 06. (C1H1) .    O texto acima expressa 
(A) elementos econômicos e culturais com ênfase aos costumes e tradições dos indígenas com respeito das autoridades religiosas espanholas.
(B) uma forma de se ver a conquista e a colonização da América pelos espanhóis em que pressupõem a inferioridade do indígena frente ao europeu.
(C) a visão antropocêntrica e cristã do autor, destacando a forma de preservação dos valores culturais dos indígenas pelos espanhóis que são tratados no texto.
(D) os aspectos culturais das sociedades da Mesoamericana à época da chegada de espanhóis demostrando a sua adaptação aos valores cristãos e capitalistas trazidos pelos europeus,
(E) as sociedades indígenas conquistadas pelos espanhóis – Maias, Astecas ou Incas - mostrando como viviam e se organizavam social e politicamente no período imediatamente anterior à conquista.
QUESTÃO 07. (C1H1) Leia uma informação a respeito dos Karajá, etnia indígena que habita as margens do rio Araguaia, nas regiões Centro-Oeste e Norte do Brasil.
Recentemente tombadas como patrimônio imaterial brasileiro, as bonecas Karajá são mais do que brinquedos infantis: são representações culturais que comportam significados sociais profundos, reproduzindo o ordenamento sociocultural e familiar dos Karajá, além de ser uma das mais importantes fontes de renda das famílias. Disponível em: <http://www.casadacultura.unb.br/?page_id=6388>. Acesso em: 6 nov. 2013.
O reconhecimento das bonecas Karajá como patrimônio imaterial do país é uma ação que tem como objetivo
(A) dar condições para que se faça uma produção em massa das bonecas.
(B) preservar a diversidade de tradições e costumes praticados no Brasil.
(C) valorizar a assimilação do índio pela civilização industrial e capitalista.
(D) reconhecer a extinção de uma importante produção artesanal indígena.
(E) inserir nas etnias indígenas os valores da cultura urbana nacional.
QUESTÃO 08. (C1H1) Observe a imagem, tendo em mente o método de estudo de um filósofo da Antiguidade. Atente para as diferenças entre os balões de diálogo e os pontos de interrogação.
Considerando a imagem e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta.
(A) A imagem remete ao método socrático. Sócrates dialogava com seus ouvintes e, fazendo vários questionamentos, procurava investigar com profundidade a essência de valores como o Bem e o Justo.
(B) A imagem remete ao método dogmático de Sócrates.  O filósofo, por ser o homem mais sábio de Atenas, possuía as respostas para os questionamentos das pessoas de sua época.
(C) A imagem remete à postura cética de Sócrates, pois ele sempre questionava os posicionamentos de sua época e procurava não tomar partido nas discussões que provocava em seus diálogos.
(D) A imagem pode ser relacionada ao método platônico. O filósofo defendia a existência do mundo das ideias, uma espécie de realidade superior na qual se encontrava a essência de todas as coisas que existem no mundo sensível.
(E) A imagem pode ser relacionada ao método platônico, pois representa as ideias, que, por sua vez, remetem à razão, elemento central da filosofia platônica.

QUESTÃO 09. (C1H1) Leia o texto a seguir, procurando identificar a forma como os autores conceituam o Iluminismo.
Desde sempre, o Iluminismo, no sentido mais abrangente de um pensar que faz progressos, perseguiu o objetivo de livrar os homens do medo e de fazer dele senhores. [...] O programa do Iluminismo era o de livrar o mundo do feitiço. Sua pretensão, a de dissolver os mitos e anular a ilusão, por meio do saber. HORKHEIMER, Max; ADORNO, Theodor. Conceito de iluminismo. In: COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2006. p. 166.
Nos séculos XVIII e XIX, os principais pensadores associados ao Iluminismo defendiam que o objetivo e o programa indicados no texto seriam alcançados por meio da
(A) alquimia e da busca pela Pedra Filosofal.
(B) meditação e da contemplação da natureza.
(C) racionalidade e do conhecimento científico.
(D) religião e do culto às divindades sagradas.
(E) metafísica e do desenvolvimento da dialética.

QUESTÃO 10. (C3H12) O texto selecionado é do filósofo inglês John Locke. Leia-o, identificando como o autor trata da propriedade e da relação entre sociedade e legislativo.
O motivo que leva os homens a entrarem em sociedade é a preservação da propriedade; e o objetivo para o qual escolhem e autorizam um poder legislativo é tornar possível a existência de leis e regras estabelecidas como guarda e proteção às propriedades de todos os membros da sociedade, a fim de limitar o poder e moderar o domínio de cada parte e de cada membro da comunidade; pois não se poderá nunca supor seja vontade da sociedade que o legislativo possua o poder de destruir o que todos intentam assegurar-se [...]. LOCKE, John. Segundo tratado sobre o governo. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p. 121.
Locke publicou esse texto em 1689. Nessa época, posicionar- se a favor dos argumentos do texto desse filósofo significava ser
(A) favorável à manutenção do controle das terras pelos aristocratas e nobres.
(B) crítico às relações feudais defendendo mais direitos e liberdades aos indivíduos.
(C) apreciador da ordem social que vigorava na Europa, sobretudo na Inglaterra.
(D) avesso ao crescimento econômico e ao desenvolvimento político da burguesia.
(E) contrário à dissolução da organização de Estado que sustentava o absolutismo.
QUESTÃO 11. (C3211)    Leia atentamente o fragmento de texto selecionado, tendo em vista seus conhecimentos sobre a Ética de Aristóteles:
“Se, pois, para as coisas que fazemos existe um fim que desejamos por ele mesmo e tudo o mais é desejado no interesse desse fim; [...] evidentemente tal fim será o bem, ou antes, o sumo bem.”ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 49 (Os Pensadores).
Assinale a alternativa que corresponde adequadamente às ideias da Ética de Aristóteles, como exposto no texto.
(A) O bem a que se refere o fragmento de texto é a vida virtuosa. Ela pode ser considerada o maior bem, porque ao agir virtuosamente alcançar-se-ia uma vida desejável e carente de nada.
(B) O bem a que se refere o fragmento de texto é a mediania. Ao atingir a mediania nas ações, por meio do hábito, o indivíduo conseguiria atingir uma vida boa e feliz.
(C) O bem a que se refere o texto é a autossuficiência. Quando o indivíduo privilegia seu próprio bem e age de modo que não necessita de outrem, atingiria a autossuficiência e, por conseguinte, uma vida boa e feliz.
(D) O bem a que se refere o texto é a felicidade, ou eudaimonia, para Aristóteles. Todas as ações do sujeito visam atingir a felicidade. Existem outros bens, mas subordinados a esse bem final, que é a vida feliz.
(E) O bem a que se refere o texto é a felicidade, para Aristóteles. Consistia em uma vida carente de nada, em que o indivíduo conseguia realizar suas ações sem depender de outrem, de modo autossuficiente.
QUESTÃO 12 (C4H18) Leia o texto de modo a identificar o fenômeno nele descrito e relacioná-lo ao seu contexto histórico.
[...] Entre o século Xl e o início do século XIV, a população da Inglaterra teria passado de 1,5 para 3,7 milhões de habitantes; a do domínio italiano, de 5 para 10 milhões; a da França, de 6 para 15 milhões (confirmando o peso já dominante da Gália no final da Antiguidade). Esses dados são suficientes para indicar uma tendência clara: em três séculos (de fato, essencialmente entre 1050 e 1250), a população da Europa Ocidental dobra, ou mesmo triplica em certas regiões. Tal Crescimento demográfico jamais havia sido alcançado na Europa desde a revolução neolítica e a invenção da agricultura, e não será mais observada até a Revolução Industrial. [...] Esse resultado é obtido pela conjunção de uma alta da fecundidade (que aumenta de quatro filhos por casal para cinco ou seis, beneficiando-se, em particular, do aumento do recurso às amas-de-leite, o que suprime a interrupção da fecundidade durante o aleitamento) e de uma regressão das causas de mortalidade. [...] BASCHET, Jérôme. A civilização feudal: do ano 1000 à colonização da América. São Paulo: Globo, 2006.p. 101.
O fenômeno descrito no documento refere-se
(A) à conjuntura do ápice do feudalismo, cuja produção precária era responsável pela diminuição populacional.
(B) à consequência gerada pelo aumento do comércio com o Oriente, em que as importações tratavam de abastecer os mercados consumidores europeus de víveres e gêneros agrícolas necessários à sobrevivência.
(C) ao contexto no qual os Estados europeus vivenciaram significativo aumento populacional, resultado do aumento das guerras e do declínio da produção agrícola.
(D) às consequências vivenciadas pelos reinos europeus, geradas não apenas pela diminuição das guerras entre bárbaros no século X, mas também do aumento da produção agrícola, resultado dos avanços técnicos ligados à agricultura.
(E) aos resultados da cessação das guerras entre os séculos XI e XIII, que, associados ao maior acesso às amas de leite, se expressa num aumento populacional significativo.
QUESTÃO 13. (C5H23)    Leia o documento e identifique o argumento de Thomas Hobbes sobre os motivos que levaram os seres humanos a criarem um Estado. É certo que há algumas criaturas vivas, como as abelhas e as formigas, que vivem socialmente umas com as outras
[...]. Assim, talvez haja alguém interessado em saber por que a humanidade não pode fazer o mesmo. [...] Primeiro, que os homens estão constantemente envolvidos numa competição pela honra e pela dignidade, o que não ocorre no caso dessas criaturas. [...] Terceiro, que, como essas criaturas não possuem (ao contrário do homem) ouso da razão, elas não veem nem julgam ver qualquer erro na administração de sua existência comum. [...] Por último, o acordo vigente entre essas criaturas é natural, ao passo que o dos homens surge apenas através de um pacto, isto é, artificialmente. Portanto não é de admirar que seja necessária alguma coisa mais, além de um pacto, para tornar constante e duradouro seu acordo: ou seja, um poder comum que os mantenha em respeito, e que dirija suas ações no sentido do benefício comum.
HOBBES, Thomas. O leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado eclesiástico e civil. São Paulo: Abril Cultural, 1974. p. 108 -9. (Coleção Os Pensadores). In: BRAICK, Patrícia Ramos. Estudar história: das origens do homem à era digital. São Paulo: Moderna. 2011. p. 160.
De acordo com o documento, como Hobbes justifica a necessidade do Estado?
(A) As criaturas vivas podem viver naturalmente por meio de um acordo natural, já o homem é competitivo e usa da razão, podendo julgar a administração, e assim requerer a defesa do bem comum, ou seja, o Estado.
(B) Assim como algumas criaturas vivas que vivem socialmente, o homem também pode viver assim, devendo apenas criar um acordo natural, que é socialmente chamado de Estado.
(C) O acordo natural que rege o pacto entre as criaturas vivas é constante e duradouro, podendo acabar com os conflitos humanos, o Estado, portanto, é justificado como algo natural.
(D) O acordo entre os homens é um pacto artificial, sendo necessário algo a mais que garanta o eterno conflito e a eterna competição entre eles.
(E) O homem vive em eterna competição pela honra e pela dignidade, sendo necessária alguma coisa que organize seus acordos para que todos vivam naturalmente como as demais criaturas vivas.
QUESTÃO 14. (C3H11)    Leia a imagem de modo a identificar as atividades econômicas desenvolvidas nos reinos medievais europeus, bem como a relacioná-la à organização social do trabalho no interior dos feudos.
A iluminura representa
(A) a produção realizada no manso senhorial, que era destinada exclusivamente ao senhor feudal, enquanto o manso servil era destinado ao cultivo de alimentos para os servos, entretanto, incidiam sobre ele taxas a serem pagas ao senhor.
(B) o trabalho camponês sobre o qual eram cobrados inúmeros tributos que incidiam sobre o uso da terra, como nas terras comunais, o tributo a ser pago eram as banalidades, metade do que foi produzido pelo uso do forno, celeiro, moinhos.
(C) a produção feita no manso senhorial, que era destinada, na sua totalidade, aos servos, quem, por sua vez, cultivavam alimentos no manso servil exclusivamente para o uso de seu senhor.
(D) as atividades econômicas sobre as quais recaíam inúmeros tributos, cobrados pelo uso da terra, tais como a corveia e a talha. Já nas terras comunais o tributo a ser pago eram as banalidades, metade do que foi produzido pelo uso do forno, celeiro, moinhos.
(E) as atividades econômicas exercidas livremente pelos camponeses medievais, que dela dispunham para seu sustento e para o sustento de seu senhor, com o qual comercializava os gêneros agrícolas produzidos.
QUESTÃO 15. (C5H23)    Leia a frase de modo a associá-la à teoria política presente na obra de Montesquieu.
É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. In: AQUINO, Rubim Santos Leão de et. al. História das sociedades: Das sociedades modernas às sociedades atuais. 32. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995. p.122.
Assinale a alternativa que corresponde às ideias a respeito dos desdobramentos teóricos do argumento presente na frase de Montesquieu.
(A) Culminam na defesa de que o poder pode ser controlado por aquele que o detém, neste caso, é preciso  concentrá-lo de forma a não permitir interferências no uso do mesmo.
(B) Resultam na defesa de que o poder deve ser contido para não ser usado de forma abusiva, como no Absolutismo, pois afirmava que somente um monarca forte é capaz de usar o poder para garantir os direitos de seus súditos.
(C) Referem-se à criação da doutrina dos três poderes, que defendia o exercício por pessoas diferentes do poder de legislar, de julgar e de administrar a sociedade, desde que resguardado ao rei o direito de nomear ou demitir livremente seus integrantes.
(D) Inspiraram a criação do poder moderador durante o Primeiro Reinado brasileiro, que espelha o sentido geral da obra de Montesquieu.
(E) Perfilaram a doutrina dos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, exercidos por pessoas distintas e com finalidades diferentes e complementares, permitindo que cada poder limite a atuação dos demais.
QUESTÃO 16. (C1H1) Leia o documento abaixo, procurando estabelecer associações entre o papel dos espartanos na guerra e os valores sociais e políticos dessa sociedade.
É belo que o homem bravo, combatendo por sua pátria, tombe na primeira fila; mas o que deserta de sua cidade e dos seus campos férteis e vai mendigar, errando com sua querida mãe, seu velho pai e seus filhos, é o mais miserável dos homens... Nós, corajosamente, combatemos por esta terra, morremos por nossos filhos, não poupamos nossa vida. Ó jovens, combatei, unidos uns aos outros, não temais senão a vergonha da fuga, estimulai no vosso coração uma valente e sólida coragem, e não vos inquietais com a vida lutando contra o inimigo. Não abandonais os velhos guerreiros cujos joelhos já não são ágeis. É vergonhoso que um homem velho, tombado na primeira fila, caído diante dos moços com sua cabeça branca, a sua barba branca, morra corajosamente na poeira, com o corpo esfolado [...].
TIRTEU. Século VII a.C. In: ISSAC, J; ALBA, A. História Universal – Oriente e Grécia. São Paulo, Mestre Jou, 1968. p. 161. Citado por MELLO, Leonel Itaussu A.; COSTA, Luís César Amad. História Antiga e Medieval: da comunidade primitiva ao Estado Moderno. São Paulo: Scipione, 1993. p. 98.
Do documento, pode-se concluir sobre a cultura espartana que
(A) a política espartana era democrática, pois permitia a entrada de estrangeiros no território e também a saída de seus cidadãos.
(B) as crianças espartanas eram criadas desde cedo para as artes e as letras, assim como em Atenas.
(C) ao receberem suas primeiras lições de guerra, as crianças eram encaminhadas para os conflitos militares travados pelos espartanos.
(D) o ideal bélico expresso no documento revela a priorização da participação direta na guerra dos mais velhos.
(E) as virtudes espartanas eram a coragem e a valentia, além de uma educação voltada para o ideal militar.
QUESTÃO 17. (C4H20) Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista em 1848. Leia um trecho desse livro e observe como os autores descrevem a condição do operário no capitalismo.
Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, os quais só vivem enquanto têm trabalho e só têm trabalho enquanto seu trabalho aumenta o capital. Esses operários [...] são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro [...]. O operário tornou-se um simples apêndice da máquina e dele requer o manejo mais simples, mais monótono, mais fácil de aprender.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1998. p. 46.
Marx e Engels eram críticos severos do capitalismo. Portanto, para os autores, a condição do operário, tal como está descrita no texto, seria superada com a
(A) qualificação técnica do trabalhador.
(B) destruição das máquinas e fábricas.
(C) socialização dos meios de produção.
(D) acumulação de capital pelo proletariado.
(E) influência dos burgueses no Estado.
Questão 18. (C5H23)   Leia o texto, atentando para as relações entre valores éticos e política na obra de Maquiavel.
Bem sei que cada qual admitirá que seria coisa muito louvável que num príncipe se encontrassem, de todas as qualidades que acima arrolei, aquelas que são julgadas boas. Todavia, visto que não pode possuí-las todas, nem de todo praticálas, dada a condição humana que o veda, o príncipe terá de mostrar-se prudente o bastante para evitar a infâmia daqueles vícios capazes de destituí-lo dos seus domínios e, sendo-lhe possível, precatar-se dos que não chegam a ameaçá-lo desta privação. Faltando-lhe essa possibilidade, ainda poderá, com menores precauções, deixar o barco correr. E  não deverá cessar de incorrer na infâmia daqueles vícios sem os quais dificilmente poderia salvaguardar o Estado, porquanto, considerando-se tudo atentamente, encontraremos algumas coisas que afiguram virtude e cuja observância traria a sua ruína, bem como outras que afiguram vícios e cuja prática lhe conferiria segurança e aprazimento..
Para o autor do texto, na política, os valores são
(A) absolutos, de modo que cabe ao príncipe ostentá-los, a fim de que seja amado por seus súditos, os quais lhe prestarão obediência. 
(B) absolutos, de maneira que deve o príncipe apresentar- se como disciplinador e violento a fim de angariar respeito por parte de seus súditos.
(C) relativos, de modo que resta ao príncipe contar somente com a sorte para manter seu poder.
(D) relativos, devendo o príncipe apresentar-se como bom cristão para estimular unidades políticas independentes na Idade Moderna europeia.
(E) relativos, devendo o príncipe adaptar seu comportamento, de modo a estabelecer a melhor política para manter-se no poder.
QUESTÃO 19. (C3H13). Leia o documento abaixo, de modo a identificar o papel atribuído pelo autor aos grupos sociais marginalizados na Roma antiga.
No tempo em que reinava a desarmonia no corpo humano [...] todas as partes do corpo revoltaram-se contra o estômago, pois a ele cabia apenas o prazer de receber o que lhe davam. Preparam uma conspiração: as mãos combinaram não levar mais os alimentos à boca; a boca não mais recebê-los; os dentes não mais triturá-los. Ora, a consequência dessa revolta foi que o corpo inteiro chegou a enfraquecer completamente. Os membros viram então que o estômago exercia funções úteis e que alimentava tanto quanto era alimentado.
LÍVIO, TITO. Menênio Agripa em discurso. IN: ISAAC, J. História Universal. Roma. São Paulo: Mestre Jou, 1964. p. 26. In: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania. 6º. ano. 2. ed. São Paulo: FTD, 2012. p. 247.
O discurso de Menênio Agripa, citado pelo historiador Tito Lívio, objetivava convencer o povo de que era importante para a estabilidade política e econômica de Roma. Qual das alternativas abaixo melhor ilustra o contexto histórico em questão?
(A) O texto refere-se ao apelo monárquico para contenção da revolta liderada pelos plebeus contra o poder despótico de Tarquínio, o Soberbo, último rei romano.
(B) O discurso objetivava convencer os plebeus de sua importância, de modo a conter o avanço da revolta que abalava as estruturas do Império e daria origem a seu colapso.
(C) Embora Menênio tenteA iluminura representa
(A) a produção realizada no manso senhorial, que era destinada exclusivamente ao senhor feudal, enquanto o manso servil era destinado ao cultivo de alimentos para os servos, entretanto, incidiam sobre ele taxas a serem pagas ao senhor.
(B) o trabalho camponês sobre o qual eram cobrados inúmeros tributos que incidiam sobre o uso da terra, como nas terras comunais, o tributo a ser pago eram as banalidades, metade do que foi produzido pelo uso do forno, celeiro, moinhos.
(C) a produção feita no manso senhorial, que era destinada, na sua totalidade, aos servos, quem, por sua vez, cultivavam alimentos no manso servil exclusivamente para o uso de seu senhor.
(D) as atividades econômicas sobre as quais recaíam inúmeros tributos, cobrados pelo uso da terra, tais como a corveia e a talha. Já nas terras comunais o tributo a ser pago eram as banalidades, metade do que foi produzido pelo uso do forno, celeiro, moinhos.
(E) as atividades econômicas exercidas livremente pelos camponeses medievais, que dela dispunham para seu sustento e para o sustento de seu senhor, com o qual comercializava os gêneros agrícolas produzidos.
QUESTÃO 15. (C5H23)    Leia a frase de modo a associá-la à teoria política presente na obra de Montesquieu.
É uma verdade eterna: qualquer pessoa que tenha o poder tende a abusar dele. Para que não haja abuso, é preciso organizar as coisas de maneira que o poder seja contido pelo poder. MONTESQUIEU. O Espírito das Leis. In: AQUINO, Rubim Santos Leão de et. al. História das sociedades: Das sociedades modernas às sociedades atuais. 32. ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1995. p.122.
Assinale a alternativa que corresponde às ideias a respeito dos desdobramentos teóricos do argumento presente na frase de Montesquieu.
(A) Culminam na defesa de que o poder pode ser controlado por aquele que o detém, neste caso, é preciso  concentrá-lo de forma a não permitir interferências no uso do mesmo.
(B) Resultam na defesa de que o poder deve ser contido para não ser usado de forma abusiva, como no Absolutismo, pois afirmava que somente um monarca forte é capaz de usar o poder para garantir os direitos de seus súditos.
(C) Referem-se à criação da doutrina dos três poderes, que defendia o exercício por pessoas diferentes do poder de legislar, de julgar e de administrar a sociedade, desde que resguardado ao rei o direito de nomear ou demitir livremente seus integrantes.
(D) Inspiraram a criação do poder moderador durante o Primeiro Reinado brasileiro, que espelha o sentido geral da obra de Montesquieu.
(E) Perfilaram a doutrina dos três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário, exercidos por pessoas distintas e com finalidades diferentes e complementares, permitindo que cada poder limite a atuação dos demais.
QUESTÃO 16. (C1H1) Leia o documento abaixo, procurando estabelecer associações entre o papel dos espartanos na guerra e os valores sociais e políticos dessa sociedade.
É belo que o homem bravo, combatendo por sua pátria, tombe na primeira fila; mas o que deserta de sua cidade e dos seus campos férteis e vai mendigar, errando com sua querida mãe, seu velho pai e seus filhos, é o mais miserável dos homens... Nós, corajosamente, combatemos por esta terra, morremos por nossos filhos, não poupamos nossa vida. Ó jovens, combatei, unidos uns aos outros, não temais senão a vergonha da fuga, estimulai no vosso coração uma valente e sólida coragem, e não vos inquietais com a vida lutando contra o inimigo. Não abandonais os velhos guerreiros cujos joelhos já não são ágeis. É vergonhoso que um homem velho, tombado na primeira fila, caído diante dos moços com sua cabeça branca, a sua barba branca, morra corajosamente na poeira, com o corpo esfolado [...].
TIRTEU. Século VII a.C. In: ISSAC, J; ALBA, A. História Universal – Oriente e Grécia. São Paulo, Mestre Jou, 1968. p. 161. Citado por MELLO, Leonel Itaussu A.; COSTA, Luís César Amad. História Antiga e Medieval: da comunidade primitiva ao Estado Moderno. São Paulo: Scipione, 1993. p. 98.
Do documento, pode-se concluir sobre a cultura espartana que
(A) a política espartana era democrática, pois permitia a entrada de estrangeiros no território e também a saída de seus cidadãos.
(B) as crianças espartanas eram criadas desde cedo para as artes e as letras, assim como em Atenas.
(C) ao receberem suas primeiras lições de guerra, as crianças eram encaminhadas para os conflitos militares travados pelos espartanos.
(D) o ideal bélico expresso no documento revela a priorização da participação direta na guerra dos mais velhos.
(E) as virtudes espartanas eram a coragem e a valentia, além de uma educação voltada para o ideal militar.
QUESTÃO 17. (C4H20) Marx e Engels publicaram o Manifesto Comunista em 1848. Leia um trecho desse livro e observe como os autores descrevem a condição do operário no capitalismo.
Com o desenvolvimento da burguesia, isto é, do capital, desenvolve-se também o proletariado, a classe dos operários modernos, os quais só vivem enquanto têm trabalho e só têm trabalho enquanto seu trabalho aumenta o capital. Esses operários [...] são mercadoria, artigo de comércio como qualquer outro [...]. O operário tornou-se um simples apêndice da máquina e dele requer o manejo mais simples, mais monótono, mais fácil de aprender.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 1998. p. 46.
Marx e Engels eram críticos severos do capitalismo. Portanto, para os autores, a condição do operário, tal como está descrita no texto, seria superada com a
(A) qualificação técnica do trabalhador.
(B) destruição das máquinas e fábricas.
(C) socialização dos meios de produção.
(D) acumulação de capital pelo proletariado.
(E) influência dos burgueses no Estado.
Questão 18. (C5H23)   Leia o texto, atentando para as relações entre valores éticos e política na obra de Maquiavel.
Bem sei que cada qual admitirá que seria coisa muito louvável que num príncipe se encontrassem, de todas as qualidades que acima arrolei, aquelas que são julgadas boas. Todavia, visto que não pode possuí-las todas, nem de todo praticálas, dada a condição humana que o veda, o príncipe terá de mostrar-se prudente o bastante para evitar a infâmia daqueles vícios capazes de destituí-lo dos seus domínios e, sendo-lhe possível, precatar-se dos que não chegam a ameaçá-lo desta privação. Faltando-lhe essa possibilidade, ainda poderá, com menores precauções, deixar o barco correr. E  não deverá cessar de incorrer na infâmia daqueles vícios sem os quais dificilmente poderia salvaguardar o Estado, porquanto, considerando-se tudo atentamente, encontraremos algumas coisas que afiguram virtude e cuja observância traria a sua ruína, bem como outras que afiguram vícios e cuja prática lhe conferiria segurança e aprazimento..
Para o autor do texto, na política, os valores são
(A) absolutos, de modo que cabe ao príncipe ostentá-los, a fim de que seja amado por seus súditos, os quais lhe prestarão obediência. 
(B) absolutos, de maneira que deve o príncipe apresentar- se como disciplinador e violento a fim de angariar respeito por parte de seus súditos.
(C) relativos, de modo que resta ao príncipe contar somente com a sorte para manter seu poder.
(D) relativos, devendo o príncipe apresentar-se como bom cristão para estimular unidades políticas independentes na Idade Moderna europeia.
(E) relativos, devendo o príncipe adaptar seu comportamento, de modo a estabelecer a melhor política para manter-se no poder.
QUESTÃO 19. (C3H13). Leia o documento abaixo, de modo a identificar o papel atribuído pelo autor aos grupos sociais marginalizados na Roma antiga.
No tempo em que reinava a desarmonia no corpo humano [...] todas as partes do corpo revoltaram-se contra o estômago, pois a ele cabia apenas o prazer de receber o que lhe davam. Preparam uma conspiração: as mãos combinaram não levar mais os alimentos à boca; a boca não mais recebê-los; os dentes não mais triturá-los. Ora, a consequência dessa revolta foi que o corpo inteiro chegou a enfraquecer completamente. Os membros viram então que o estômago exercia funções úteis e que alimentava tanto quanto era alimentado.
LÍVIO, TITO. Menênio Agripa em discurso. IN: ISAAC, J. História Universal. Roma. São Paulo: Mestre Jou, 1964. p. 26. In: BOULOS JUNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania. 6º. ano. 2. ed. São Paulo: FTD, 2012. p. 247.
O discurso de Menênio Agripa, citado pelo historiador Tito Lívio, objetivava convencer o povo de que era importante para a estabilidade política e econômica de Roma. Qual das alternativas abaixo melhor ilustra o contexto histórico em questão?
(A) O texto refere-se ao apelo monárquico para contenção da revolta liderada pelos plebeus contra o poder despótico de Tarquínio, o Soberbo, último rei romano.
(B) O discurso objetivava convencer os plebeus de sua importância, de modo a conter o avanço da revolta que abalava as estruturas do Império e daria origem a seu colapso.
(C) Embora Menênio tenteO termo res publica significa literalmente “a coisa pública”, usado em oposição ao que é de interesse particular de cada um, o “privado”. Os romanos o empregavam com vários sentidos: “o Estado”, “os negócios públicos”, “a forma de governo”. CORASSIN, Maria Luiza. Sociedade e política na Roma antiga. São Paulo: Atual, 2001. p. 25. (Discutindo a História)
Da associação entre a História política romana e o trecho acima, é possível afirmar que
(A) para os romanos, o fim da Monarquia significou um período de igualdade entre as classes sociais, concretizando o ideal republicano.
(B) embora República signifique “a coisa pública”, para os romanos o interesse em obter uma sociedade igualitária só foi priorizado no Império.
(C) a República Romana, sob o comando dos magistrados, garantia a submissão do cidadão a um conjunto de leis que limitava o mandato dos governantes.
(D) a ideia de “coisa pública” atribuída ao termo República em Roma não pode ser aplicada, pois as conquistas territoriais do período não tornaram as áreas de domínio romano públicas.
(E) a concretização do ideal republicano pelos romanos cristalizou uma sociedade pacífica e justa.
QUESTÃO 23. (C1H1) Leia a letra da música de Caetano Veloso de modo a identificar quais conquistas de Alexandre, o Grande, filho de Felipe da Macedônia, que o compositor elenca como centrais.
Alexandre. Ele nasceu no mês de leão, sua mãe era uma bacante/ E o rei, seu pai, um conquistador tão valente/ Que o príncipe adolescente pensou que já nada restaria. / Pra, se ele chegasse a rei, conquistar por si só. /Mas muito cedo ele se revelou um menino extraordinário:/ O corpo de bronze, os olhos cor de chuva e os cabelos/ cor de sol. [...]/ Feito rei aos vinte anos/ Transformou a Macedônia,/ Que era um reino periférico, dito bárbaro,/ Em esteio do helenismo e dos gregos, seu futuro, seu sol./ O grande Alexandre, o Grande, Alexandre/ Conquistou o Egito e a Pérsia/ Fundou cidades... [...]/ Se embriagou de poder, alto e fundo, fundando o/ nosso mundo./ Foi generoso e malvado, magnânimo e cruel;/ Casou com uma persa, misturando raças, mudou-nos/ terra, céu e mar./ Morreu muito moço, mas antes impôs-se do Punjab a Gibraltar. VELOSO, Caetano Alexandre. In: VELOSO, Caetano. Livro. Rio de Janeiro: Polygram, 1997. Faixa 12. IN: BRAICK, Patrícia Ramos; MOTA, Myriam Becho. História: das cavernas ao terceiro milênio. 4ª ed. São Paulo: Moderna, 2012. p.179 – 180. (suplemento para o professor)
Apesar da morte prematura, Alexandre, o Grande, é lembrado na história por seus feitos. Qual a importância de Alexandre, segundo o texto?
(A) Foi um grande conquistador por ter dominado a Grécia, a Pérsia, o Egito e a Mesopotâmia, difundindo, durante suas conquistas, a cultura grega nessas regiões.
(B) Alexandre, o Grande, apesar de ter sido rei muito jovem, transformou a Macedônia no centro da cultura helenística, fruto da fusão entre a cultura grega e a oriental.
(C) A crueldade e a maldade com que tratava os povos por ele dominados, impondo a todos a cultura macedônica, sem preservar as tradições e as crenças dos povos vencidos, fizeram de Alexandre um grande líder político que impôs o modo de vida macedônio às regiões conquistadas.
(D) Alexandre, o Grande, que invejava o rei Felipe, achando que nada de importante restaria para ele quando assumisse o trono, fez da conquista de outros territórios uma provação pessoal de seu valor como líder político.
(E) O governo de Alexandre ficou conhecido nas regiões por ele conquistadas pelo tratamento cruel legado aos povos a eles submetidos, marcado pela destruição e pela supressão da produção cultural local.
.
QUESTÃO 24.  Compare a imagem com a teoria de um filósofo antigo, a saber, Heráclito de Éfeso. Atente para a dinâmica da imagem, para o modo como ela acaba por exibir uma paleta de cores. Considerando a imagem e seus conhecimentos, assinale a alternativa correta:
 (A) A imagem pode ser comparada com a teoria de Heráclito porque, segundo esse filósofo, a realidade era algo fixo e imutável, determinado.
(B) A imagem pode ser comparada com a teoria de Heráclito, pois esse filósofo afirmava que a realidade era geométrica, resumindo-se aos números.
(C) Para Heráclito a realidade era a soma de quatro elementos: água, ar, terra e fogo, assim como os quatro tons representados no espectro.
(D) A imagem não pode ser comparada com a teoria de Heráclito, pois esse filósofo não abordou temas relacionados à estética e, por conseguinte, à arte.
(E) Na imagem, entre o preto e o cinza existem várias possibilidades, há uma mudança nos tons, assim como para Heráclito, a realidade estava em constante mudança.



QUESTÃO 25. (C1H1) Leia o texto de modo a identificar as relações tecidas pelo autor entre religião, economia, sociedade e política no Egito Antigo. .
A religião egípcia era politeísta e marcou profundamente a vida cultural dessa civilização. Essa religião tem profunda ligação com a realidade socioeconômica e política do Egito. Assim, Hathor, deusa da terra, era representada frequentemente como uma vaca ou com características bovinas, o Boi Ápis. A lenda de Osíris, principal deus da fertilidade, casado com sua irmã Ísis e retalhado por seu irmão Set, demonstra a unificação do Sul e do Norte, as origens do poder real e a importância do Nilo. Repare: Ísis conseguiu reunir todos os pedaços de Osíris e ressuscitar o esposo. O filho de Osíris e Ísis, Hórus, o deus- -falcão, vingou seu pai derrubando Set. Osíris passou a ser identificado com o faraó. O choro de Ísis por causa da morte do marido determinou as inundações do Nilo, fundamentais para a sobrevivência do país. [...]MERCADANTE, Antonio Alfredo. História e vida: as sociedades antes da escrita, antigas e medievais. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1990. p. 31- 32.
Assinale a alternativa que, de acordo com o argumento central do autor, relaciona a religião à vida econômica, social e política do Egito antigo.
(A) Osíris teria fertilizado as terras da região, Isís teria sido responsável pela força das enchentes do Nilo e Set, ao vingar seu pai, foi associado ao poder dos faraós.
(B) Hórus, filho de Osíris e Ísis, governava o Egito controlando os fenômenos da natureza, pois herdou de seus pais a fertilidade e o controle do Nilo.
(C) Os deuses assumiam aspectos que se relacionavam com a vida no Egito: o choro de Ísis criou as enchentes do Nilo, Osíris morreu e renasceu assim como a crença egípcia na imortalidade da alma, seu poder de controlar a vida e a morte, assemelha-se ao faraó, que controla tudo e todos.
(D) Os deuses assumiam aspectos que se ligavam à vida cotidiana, já que o choro de Set era considerado como gerador das cheias do Nilo e a deusa Hathor estava ligada aos animais que vivem na terra.
(E) Os deuses no Egito Antigo eram cultuados em templos domésticos, de modo que não influenciavam a vida econômica, social ou política, exercendo uma função estritamente religiosa, ligando os homens ao transcendente.
Questão 26 (C5H21).  Leia as reproduções de manchetes de jornais quando da instalação do regime autoritário militar no Brasil, em 1964. 
“Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos...” “Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais...” (O Globo. Rio de Janeiro, 2 de abril de 1964.) 

“Desde ontem se instalou no País a verdadeira legalidade [...] Legalidade que o caudilho não quis preservar, violando-a no que de mais fundamental ela tem: a disciplina e a hierarquia militares. A legalidade está conosco e não com o caudilho aliado dos comunistas...” (Editorial do Jornal do Brasil. Rio de Janeiro, 1º de abril de 1964.) 
Considerando-se as opiniões expressas pelos jornais e a conjuntura da época, é possível inferir que 
a) a clara opção do governo Goulart em atender às demandas dos setores revolucionários nacionais precipitou a tomada do poder pelos militares. 
b) os mais diversos setores da sociedade rejeitaram, pelo menos no primeiro momento, a ação dos golpistas. 
c) a ação dos setores militares respondeu a um sentimento de claro apoio de alguns grupos quanto aos rumos do governo João Goulart. 
d) o entendimento da grande imprensa de que os rumos tomados pelo presidente Goulart afetariam seus interesses ocasionou a rejeição declarada ao golpe de março de 1964. 
e) a grande imprensa brasileira atribuiu ao golpe militar um caráter legalista e racional, o qual deveria ser reconhecido e aplaudido pela população
QUESTÃO 27.   . Considere a ilustração. Com base no conhecimento histórico, identifique a alternativa cujo significado tenha coerência com a ideia do autor da ilustração.
(A) As elites da colônia tinham interesses opostos aos de D. Pedro, pois idealizavam um tipo de poder igual ao da República Jacobina francesa.
(B) Os latifundiários da colônia discordaram das ideias de D. Pedro porque pretendiam criar um Estado Liberal e abolir o trabalho compulsório.
(C) As classes dominantes da colônia apoiaram D. Pedro como forma de evitar que a proposta republicana conquistasse apoio popular.
(D) Os setores oligárquicos da colônia apoiaram o projeto de D. Pedro que previa a realização de uma mudança radical   na estrutura fundiária.
(E) A classe privilegiada da colônia não deu apoio a D. Pedro, pois pretendiam implantar uma estrutura do poder baseada na dos EUA.
QUESTÃO 28. As fotografias retratam:
(A) manifestações dos estudantes contra a segregação racial institucionalizada nos Estados Unidos durante o século XX, responsável por legislação municipal segregacionista que limitava ou impedia a frequência de determinados grupos raciais em cinemas, teatros, refeitórios e ônibus.
(B) a tolerância racial estadunidense, exemplo para os demais estados latino-americanos desde a sua independência.
(C) o convívio turbulento entre grupos raciais em torno da abolição da escravatura nos Estados Unidos.
(D) protestos movidos por estudantes que exigiam que o preconceito racial existente no cotidiano estadunidense deixasse de existir, de modo a cumprir a legislação do Estado, que desde o princípio do século XX impedia manifestações racistas em solo americano.
(E) manifestações estudantis pelo direito dos jovens de frequentarem as lanchonetes no centro de Nashville, pois os lugares eram frequentados apenas por maiores de idade.
QUESTÃO 29. A dama de ferro é um filme em que Meryl Streep interpreta a história de uma das mais importantes estadistas inglesas do século XX, Margaret Thatcher.
A ascensão de Thatcher ao cargo de primeira-ministra na Inglaterra representou
(A) a primeira vez que uma mulher inglesa ocupou esse cargo, cujo responsável tem a prerrogativa de exercer com exclusividade o Poder Legislativo no reino.
(B) a adoção do neoliberalismo pelo governo inglês.
(C) a superação da monarquia como forma de governo e a adesão ao ideal republicano.
(D) a pioneira adoção da Monarquia Constitucional Parlamentarista, forma de governo em que o primeiro-ministro é escolhido para o exercício do Poder Executivo inglês.
(E) a inserção de ideais socialistas na política inglesa.
QUESTÃO 30. A imagem retrata a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, após a derrota na guerra ocorrida entre 1979 e 1989. Reflita sobre o contexto histórico em que isso acontece.

Em 1989, durante o governo de Mikhail Gorbachev, a retirada das tropas soviéticas do Afeganistão, sem que seus objetivos militares tenham sido atingidos, revela um contexto de mudanças na política externa da URSS. Estavam sendo implantadas as propostas
(A) da glasnost, que previam maior autonomia às repúblicas soviéticas, cuja maioria populacional não fosse de origem russa.
(B) da ala conservadora do Partido Comunista da União Soviética (PCUS), que fazia oposição e desejava humilhar o governo Gorbachev.
(C) da perestroika, na tentativa de superar a crise econômica reduzindo os custos com ajudas financeiras e ações militares em outros países.
(D) da cúpula do Exército Vermelho Soviético, que precisou reunir todas as tropas disponíveis para impedir a fragmentação territorial do país.
(E) do Banco Mundial, que condicionou a liberação de ajuda financeira à URSS à sua retirada imediata do Afeganistão.
QUESTÃO 31. Leia os documentos e associe-os ao governo instaurado pelo regime militar brasileiro.
A Arena não é um partido. É um coro para dizer amém. - Oscar Pedroso Horta, líder do MDB, em janeiro de 1971. In: Brasil dia a dia. São Paulo: Abril, 1988. p. 235. 

Os escritores brasileiros, conscientes de sua responsabilidade na interpretação e defesa das aspirações do povo brasileiro [...] declaram e adotam os seguintes princípios: Primeiro – A legalidade democrática como garantia da completa liberdade de expressão do pensamento, da liberdade de culto, da segurança contra o temor da violência e do direito a uma existência digna. Segundo – O sistema de governo eleito pelo povo, mediante sufrágio universal, direto e secreto. [...] Conclusão – O Congresso considera urgente a necessidade de ajustar-se a organização política do Brasil aos princípios aqui enunciados, que são aqueles pelos quais se batem as Forças Armadas do Brasil e das Nações Unidas.Declaração de Princípios expressa no I Congresso Brasileiro de Escritores, reunido em São Paulo, entre 22 e 26 de janeiro de 1945. In: Saga: a grande história do Brasil. São Paulo: Abril Cultural, 1981. v. 6. p. 211.
No Brasil, as manifestações partidária e da associação civil transcritas evidenciam
(A) o alinhamento de vários setores da sociedade brasileira à política estabelecida pelo regime militar.
(B) a crítica de alguns setores da sociedade brasileira a medidas consideradas cerceadoras da liberdade política e civil.
(C) a divergência no apoio às medidas feitas pelo regime militar, já que o MDB criticava o partido opositor ao governo e os escritores criticavam a censura.
(D) seu apoio à repressão ideológica perpetuada pelo regime militar, desde que esse promovesse a ampla defesa da ordem e da paz.
(E) a crítica à política econômica do regime militar, considerada um obstáculo para o desenvolvimento, pois dificultava a captação de empréstimos.
QUESTÃO 32.Observe o cartaz e o associe à ascensão política de João Goulart
O cartaz simboliza
(A) a ascensão política de João Goulart, baseada no respeito à constitucionalidade.
(B) a adesão partidária às propostas ventiladas pelos ministros militares acerca da ascensão política de João Goulart à presidência.
(C) a crítica ao parlamentarismo como regime de governo, já que este representaria fortalecer o poder executivo.
(D) a ineficaz oposição de João Goulart ao parlamentarismo, o que levou esse sistema de governo a ser extinto quando ocorreu o Golpe Militar, em 1964.
(E) a busca pelo convencimento do eleitorado brasileiro de que João Goulart deveria governar o Brasil à frente de um regime presidencialista.
QUESTÃO 33.
 Canção Da Despedida -    Geraldo Vandré e Geraldo Azevedo
Já vou embora, mas sei que vou voltar/ Amor não chora, se eu volto é pra ficar/ Amor não chora, que a hora é de deixar/ O amor de agora, pra sempre ele ficar/ Eu quis ficar aqui, mas não podia/ O meu caminho a ti, não conduzia/ Um rei mal coroado,/ Não queria/ O amor em seu reinado
Pois sabia/ Não ia ser amado/ Amor não chora, eu volto um dia/ O rei velho e cansado já morria/ Perdido em seu reinado/ Sem Maria / Quando eu me despedia/ No meu canto lhe dizia
http://musica.com.br/artistas/geraldo-vandre/m/cancao-da-despedida/letra.html
 QUESTÃO 33.  A canção de despedida foi composta em 1968, durante o Regime Militar no Brasil. De acordo com a letra, os compositores
(A) usam uma metáfora de uma relação amorosa para criticar indiretamente a Ditadura Militar e denunciar o caráter antidemocrático da escolha dos governantes e a perda de liberdade individual
(B) demonstram que, mesmo no período em que os militares subiram ao poder, a democracia não deixou de ser respeitada no país, pois artistas em geral gozavam de plena liberdade para a manifestação de suas ideias.
(C) sentem-se insatisfeitos e de maneira simbólica, expressam que a juventude brasileira que manifestou sua indignação por não ter sido convidada a participar das ações do regime militar;
(D)expressam a insatisfação e a visão crítica de parte da juventude brasileira durante o período militar, em relação a padrões de comportamento dominantes na sociedade
(E)contava a história de uma briga de casal, cuja esposo era muito autoritário, cuja mulher defensora do Regime Militar não aceita as imposições do marido.
QUESTÃO 34.  A imagem acima retrata o retorno de Muhammad (Maomé ) e seus seguidores para Meca, após sua fuga para Yathrib. Esse fato está relacionado com
(A) o evento considerado como ponto de partida para o calendário muçulmano: a Hégira.
(B) a expansão árabe para o território europeu dominado pelos cristãos, especialmente os situados na Península Ibérica.
(C) o evento que originou a tradição da peregrinação a Meca, um dos pilares do islamismo.
(D) a resistência de Muhammad e seus seguidores diante das investidas cristãs, durante as cruzadas medievais.
(E) a fuga de Muhammad e seus seguidores após a expulsão árabe da Península Ibérica, promovida pelos povos cristãos.
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, O Imperador César Flávio Justiniano, conquistador dos Alamanos, Godos, Francos [...] pio, feliz, glorioso, triunfador, Augusto para sempre, dirige-se aos jovens que desejam conhecer o Direito: Nossa Majestade Imperial deve estar guarnecido de leis e não apenas de armas, pois tanto na paz como na guerra o barco do Estado deve ser corretamente conduzido. O Imperador Romano não apenas vence batalhas como também elimina, por processo legal, as injustiças dos malfeitores e é tão escrupuloso na administração da justiça como ao triunfar sobre os inimigos. Com vigilância constante e determinação e com a ajuda de Deus, conseguimos as duas coisas. As nações bárbaras derrotadas conhecem nosso poder militar [...] todos os povos estão, agora, regidos pelas leis promulgadas ou compiladas por nós. Tendo esclarecido, arrumado e uniformizado decretos imperiais [...] antes em desordem, voltamos nossa atenção a inumeráveis volumes de jurisprudência antiga. INSTITUTAS, prefácio, versículos 1 e 2. In: FUNARI, Pedro Paulo Abreu. Roma: vida pública e vida privada. 12.ed. São Paulo: Atual, 1993. p. 69-70.
QUESTÃO 35. Da leitura do documento histórico, pode-se concluir que
(A) Roma conseguiu afastar as invasões bárbaras, de modo que a autoridade imperial saiu fortalecida a ponto de reorganizar sua estrutura político-jurídica.
(B) o Império Bizantino organizou seu Estado a partir da compilação de normas jurídicas provenientes da história romana, reunindo-as num conjunto que foi posteriormente denominado Corpus Iuris Civilis.
(C) a Igreja Católica foi fundamental na defesa de Roma diante dos ataques bárbaros.
(D) a organização da justiça nos reinos bárbaros é um sintoma de crise do feudalismo.
(E) o direito medieval era essencialmente legal em prejuízo dos costumes dos povos ocidentais. 

GABARITO
1. B
2. A
3. D
4. C
5. E
6. B
7. B
8. A
9. C
10. B
11. D
12. D
13. A
14. A
15. E
16. E
17. C
18. E
19. D
20. D
21. D
22. C
23. B
24. E
25. C
26. E
27. C
28. D
29. B
30. C
31. B
32. E
33. A
34. C
35. B