sexta-feira, 8 de novembro de 2019

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Priscila Cavalcante Quental.

Priscila Cavalcante Quental.

 


Esta semana faço homenagem na nossa história cotidiana uma mulher muito conhecida, por sua maneira de ser, por sua integridade, sua alegria e seu jeito comunicativo e que contribui com todos da sua família, bem como com os da família de seu esposo Gisleno na história da cidade. Fui muito bem recepcionada em seu ambiente de trabalho, na sua loja de aviamentos por Priscila Cavalcante Quental. 
 

Priscila é filha do casal Alirio Cavalcante Pimentel (in memoriam) e Ana Rocha Cavalcante. Sua mãe é natural da cidade de Brejo Santo e descende da família Sá, mas conhecida como Batinga. Seu pai é natural de Várzea Alegre e com sua mãe contraiu o segundo casamento. Descende da união conjugal os filhos: Balbina (in memoriam), Jucier (in memoriam), Cauby (in memoriam), Getúlio (in memoriam), Aleriana, Anário, Priscila, Alirio Junior (in memoriam), Fernando, Kátia, Fabiola e Alexandre. Priscila chegou à Brejo Santo com 5 anos de idade e a considera como sua cidade, pois nasceu na cidade de Campos Sales. A vinda da família para Brejo Santo se deu por que seu pai era funcionário da SEFAZ e percorria outras cidades quando era transferido. Antes de virem definitivamente para Brejo Santo seu pai trabalhou em Porteiras, Jardim, Aurora, Campos Sales e por fim Brejo Santo. São filhos naturais de Brejo Santo seus irmãos Kátia, Fabíola e Alexandre.

Faço a pergunta a Priscila sobre sua mãe, pessoa muito conhecida e que nos deixa um legado tanto como pessoa bem como profissional no comércio. Priscila diz que sua mãe possuía uma loja que vendia de tudo, como aviamentos, perfumaria, calçados, roupas chamado Bazar das Novidades. Sua mãe foi uma excelente costureira. Quando seus pais chegaram a Brejo Santo, segundo Priscila sua mãe sempre foi emancipada, queria trabalhar para ter seu próprio dinheiro. Na época em que chegaram no ano de 1958, estava sendo instalada a energia na cidade e tinha os “caçacos” (pessoas que trabalhavam na montagem dos equipamentos) e então ela foi ao Crato comprou uma máquina de costura e começou a fazer as roupas do tecido Brim para eles trabalharem. A partir de então colocou a loja e que permaneceu por muitos anos no comércio, considera-se a primeira loja de aviamentos da cidade. Sua mãe faleceu aos 89 anos de idade, mas em vida era vaidosa e gostava de fazer amizades, mas Priscila deu continuidade a esse trabalho e revela que adora fazer, ama o que faz.

Sobre sua infância revela que foi maravilhosa e que sempre morou na Rua José Matias Sampaio, cursou o primário na Escola Padre Abath na época o diretor era o Professor Macedo (in memoriam) e esta funcionava no prédio paroquial, onde funcionou a Rádio.  Cursou o Pedagógico no Colégio Balbina Viana Arrais. 

Priscila revela que sua juventude também foi muito boa, tinha muitas amizades e que permanecem até hoje e recorda das amigas Semiramis, Edenia, Hélia de Manoel Bezerra, Eusvir, Diana irmã de Marizete Alves. 






Casou-se com Gisleno Leite Quental, o qual era seu vizinho de frente quando ainda era adolescente, e ele mais velho dez anos, brincava dizendo: “Cresça Margarida que eu vou me casar com você”. Mas ela achava que era brincadeira, porém aos 17 anos começa o namoro, mas depois de 6 meses romperam vindo a reatarem dois anos depois e casaram-se e da união nasceram os filhos André e Andrey (médicos ortopedistas) inclusive renomados e conhecidos por nós os mesmos realizam atendimentos na cidade, apesar de residirem em Juazeiro do Norte. Priscila diz que tem 3 netas e 1 neto. Priscila e Gisleno, depois de casados moraram em Piauí, Gisleno (formação em Administração de Empresas) trabalhava no Projeto Sertanejo e no Projeto Piauí. Quando acabou o Projeto Sertanejo ele criou uma cooperativa. Mas a cidade em que residiam não oferecia um ensino de qualidade. Pensando no bem estar dos filhos eles enviaram-nos a estudar na cidade do Crato, onde sua mãe residia na época. Mas devido a assistência e acompanhamento familiar aos filhos ficar difícil, decidiram voltar a morar em Brejo Santo. Quando chegaram a Brejo Santo Gisleno junto com seu irmão Doizinho arrendaram a Rádio Sul Cearense e Gisleno era Diretor junto com o irmão, os quais dirigiram mais ou menos por dois anos, segundo Prisicla e ela deu continuidade ao comércio de aviamentos. Atualmente Gisleno está aposentado e todos os dias vai ao sitio de sua propriedade no Sitio Mingu, local que adora e o faz bem. Priscila frequenta a Igreja, é católica, costuma participar da missa e faz suas obras de caridade no anonimato, dotada de fé revela que ama o Sagrado Coração de Jesus e que todos os dias agradece a Deus por tudo de bom na sua vida. 

Que conversa agradável, permeada de alegria e sorriso! Obrigada Priscila por se dispor a colocar um pouco da sua história e da sua família como forma de conhecimento e reconhecimento por todos nós que compomos a cidade pela bela contribuição sua de seu esposo Gisleno, de seus filhos e de toda sua família. Grata. Você merece nossa homenagem como todos os que compõem sua família.