sábado, 18 de janeiro de 2020

Quatro pessoas morrem afogadas por semana no Ceará

Este é o último final de semana de férias escolares para maioria dos estudantes no Ceará. Motivo para muita gente desfrutar com familiares e dar aquele último mergulho no mar ou represa mais próxima antes de voltar à rotina de estudos. Porém, atenção é necessária para evitar fatalidades. Em média, quatro pessoas morreram afogadas por semana, em 2019, no Ceará. No Brasil, esse tipo de fatalidade ocorre a cada 92 minutos.

Conforme dados da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), em todo o território cearense, cinco pessoas a cada semana tiveram as mortes provocadas por afogamentos em 2018. Em números absolutos, ano passado 228 pessoas faleceram afogadas; no ano anterior, 261. Redução de 12,6%. Os números são relacionados a ocorrências em diversos locais como praias, rios, açudes e outros, inclusive em propriedades privadas. Em Fortaleza e Região Metropolitana, a retração foi de 3,4%. Sendo 113 no ano passado, e 117 no retrasado.

Também diminuíram os afogamentos não fatais registrados pela Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). De acordo com as informações do órgão, que abrangem apenas Fortaleza e Região Metropolitana, a baixa foi de 3,7%. Em 2018, foram 186 casos, enquanto no ano passado esse número reduziu para 179. De acordo com a SSPDS, nem todos os casos geraram deslocamento de equipe bombeirística.

Dados da SSPDS dão conta de que as aeronaves da Coordenadoria atenderam cinco ocorrências de afogamento em 2018; e oito, no ano seguinte. O apoio das equipes de trabalho aéreo, afirma Osvaldo, ocorrem principalmente em horário de picos. Entre 11 horas e 13 horas; e, depois das 16 horas.

Outro auxílio importante para monitorar fluxo de retorno do mar e salvar indivíduos é o uso de drones. No interior, onde o número de salva-vidas e o aparato tecnológico é menor, a estratégia é atuar na prevenção dos acidentes. Conforme Osvaldo, há remanejo da equipe bombeirística em casos onde o fluxo de pessoas é maior.

Outra frente de atuação é o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Dados da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa) apontam que o Samu Ceará atendeu 147 casos por afogamentos ano passado. No anterior, foram 140. Em 2017: 155. Conforme o coronel João Vasconcelos, diretor do Samu Ceará, a maioria dos atendimentos ocorreram em açudes. O gestor ranqueia ainda as cidades onde mais ocorrem os eventos: Beberibe, Canindé, Cascavel e Caucaia.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O Povo