Cenas de chuva
Quando chove no sertão
O tempo fica moderno
A folhagem se renova
O campo muda de terno
A natureza sorrindo
E o sertanejo aplaudindo
A chegada do inverno.
A chuva gera riqueza
Que enobrece a nação
Essa riqueza é Jesus
Estendendo a sua mão
Com os traços divinais
Observando os sinais
De muita transformação.
Quando a nuvem se apresenta
Na tela do infinito
O cupim de asa voa
O carão solta seu grito
A chuva cai sobre o chão
E com três dias o sertão
Está muito mais bonito.
A chuva faz serenata
Na cachoeira vibrante
A floresta se exibe
No verde predominante
A Gia em pleno barulho
E o sapo dá um mergulho
Numa cascata gigante.
Quando a nuvem se encrespa
É sinal que vai chover
No estrondo do trovão
Relâmpago a aparecer
Uma faísca aparece
E um raio pra terra desce
Fazendo medo a quem ver.
Algumas pontas douradas
Do nevoeiro do céu
Outras nuvens no espaço
Formando aquele mundéu
O vento dando empurrão
E um arco-íris em ação
Se misturando com o véu.