Por todos os lados.
É apenas um dia comum, mas eu já comecei a cumprir as minhas metas. "MAS" é um conectivo muito obrigatório... sei lá. Vamos tentar de novo. É apenas um dia comum e eu já comecei a cumprir as minhas metas, sim... agora soa melhor. Uma das melhores sensações é conseguir cumprir as nossas metas diárias, dentro de todas as minhas correrias do dia a dia eu adicionei uma proposta nova. Uma atividade que me tira da zona de conforto da qual encaixo-me. Adicionei tempo para ir ao psicólogo... não sei como funciona, como será minha reação no momento, não sei se ao certo serei impulsiva ou retroativa, mas pelo menos estou me esforçando para me tornar melhor.
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Durante a semana eu chorei Rios e como Ouro fui presa em um Baú, guardei coisas que não sei se um dia será possível de tirar, pois as águas do rio rolam e para abrir o baú preciso encontrar a chave que foi levada na correnteza do rio. Parece bem poético, no entanto, é o grau de dificuldade que se estabelece na minha vida. Eu fico pensando...você deve estar lendo o texto e lembrando das suas correrias e das suas lutas diárias sejam internas ou externas, mas assim como eu, você só consegue enxergar o seu próprio nariz. Sua vista ainda está turva quando ela se limpa você começa a notar as dificuldades dos outros, pausa, respira e pensa que a vida requer do nosso sofrimento uma aprendizagem e ela nos instiga a tomar certas atitudes quando ninguém toma.
Atitudes estas que só se pode quando conseguimos enxergar não só o nosso nariz, mas uma imagem ampla de todos que estão ao nosso redor. A partir dessa visão nós conseguimos nos tornarmos pessoas empáticas e é disso que o mundo precisa. Não estou dizendo que é necessário que todos nós soframos igualmente, porém é necessário lembrar que mesmo com todas as dificuldades da nossa vida o nosso outro também tem os seus problemas e ele precisa se erguer.
Além disso, ele necessita ver o outro, saber que a carência está em todos os lados... que a fome, a saudade, a saúde e os solitários estão por todos os lados...que os problemas estão por todos os lados, mas quando listamos nossas metas e cumprimos, já estamos dando o nosso primeiro passo para melhor nossa situação, quando nos colocamos a fazer o que necessitamos, estamos sendo valentes e por fim, quando notamos que o outro está com uma dor enorme e está lutando, ele também está tentando ser forte e valente. É preciso mais do que reconhecer a própria dor, é necessário sentir a do outro. Empatia pra conseguirmos nos validar com nós mesmos é disso que precisamos.
A @colun_avertebral é um projeto idealizado pelas estudantes, Eduarda Vitória & Sarah Regina, do curso de Jornalismo da UFCA.
