sexta-feira, 8 de maio de 2020

COLUNA DA HISTORIADORA FÁTIMA ALVES - Sebastião Eufrásio, o eterno rei do brega.


Sebastião Eufrásio, o eterno rei do brega.


Hoje nossa história cotidiana registra alguém muito próximo da nossa cidade, que compõs o cenário não só  da arte, visto que participou de blocos e grupos carnavalescos, como também tinha seu lado humano: Sebastião Eufrásio dos Santos.   Lamentável registrar a partida de Sebastião para junto de Deus. Nesta manhã de quinta-feira ele foi descansar nos braços do Pai. Sebastião nasceu no dia 20 de janeiro de 1964, filho de Chico Eufrásio e Dona Tica (in memorian), suas irmãs Maria Gorete, Fátima, Cícera, Graça, Socorro, Teresinha e seu irmão Dezinho.  Sebastião viveu a maior parte da sua infância na rua da Lama ou Rua Padre Abath. Correu e brincou com os meninos, mas sempre honesto e trabalhador, ajudava seu pai nos serviços de pedreiro ou então fazia seus serviços individuais. Ajudava seu pai na cantina da Albresa. Recordo-me de suas brincadeiras e de seu bom humor. Certa vez em uma renovação, ainda menino foi soltar um fogo e este explodiu em suas mãos, foram momentos difíceis, mas superou com maestria. Sebastião estava atento as suas irmãs, a sua família, sempre disponível. Sua presença no cafezinho será algo inesquecível. Com disposição para o trabalho ele também foi dono de um bar na rua Coronel Ferraz e  onde estivesse espaço para acolher seus amigos e fregueses. Um fato marcante que me recorda, foi quando fomos a um sítio este do meu avô materno, ele se dispôs a nos conduzir, momentos a pé e outro á cavalo, foi um dia inteiro de viagem, ele nos fazia sorrir o tempo inteiro, após três dias de brincadeira e diversão retornamos a Brejo Santo e ele com a mesma disposição. Ele também viajou ao estado de Goiás em companhia de meu pai, em busca de trabalho no década de 80.               Sebastião foi marcante no velório de meu pai, passou à noite inteira a velar e assim era com outras pessoas também. Registro esses fatos porque na ocasião de ontem, devido a Pandemia seu velório foi restrito, assim como seu sepultamento foi antecipado restando a dor da saudade e lembrar dele em vida. Acredito na providência divina, tudo saiu de acordo com a simplicidade de Sebastião, dotado de inúmeros amigos,  decide partir sem dizer adeus. Saiu de “fininho “ nos fazendo chorar. Deixa um legado histórico de filho, irmão, amigo, primo enfim de ser humano grandioso. Fica assim o nosso agradecimento Sebastião por sua contribuição na história da cidade, assim como da nossa família, um primo irmão, um sobrinho amigo, enfim um ser que só fez o bem. Gratidão! Vá em paz.