terça-feira, 19 de maio de 2020

Fortaleza - Empresários defendem lockdown mesmo com perdas de até 70%.

Na capital cearense, Fortaleza, muitos reclamaram das medidas, que obrigaram setores inteiros da indústria, comércio e serviços a fechar as portas na pandemia. Mas, depois de quase 60 dias, há empresários que buscam alternativas e ainda defendem o lockdown em Fortaleza, após súbita alta nos casos em abril.

É o caso do proprietário da Cervejaria Turatti, Lissandro Turatti, que destaca a situação como complexa, mas entende que o isolamento é "necessário", mesmo que para os empresários seja difícil pelo quadro em que ficam os negócios. Ele diz que a queda de faturamento chegou aos 70% desde o início do isolamento, mas a empresa tem buscado alternativas no delivery.
"Agora estamos trabalhando no lançamento de produtos novos, entendendo também o mercado, pois o crescimento do delivery se fez em meses, o que seria feito em anos. Realmente existe uma forte demanda, mas a adaptação tem sido satisfatória, com crescimento legal, até acima do previsto, com política de preços bastante agressiva", afirma.

Turatti ainda revela que o foco em redes sociais foi ampliado e, com a adição de novos produtos, realizou treinamentos com os funcionários, investimento em novos equipamentos e equipes de entrega. O quadro de funcionários na operação, porém, diminuiu em 60%. Um sexto destes, que estava em contrato de experiência, foi dispensado. Houve adesão ao programa de suspensão do contrato de trabalho por 60 dias.

Nesta terça-feria (19), o que o Governo do Estado elabora é um plano de volta das atividades econômicas, mas apenas se houver êxito na saúde. A ideia é dividir a retomada em grupos prioritários, com quatro fases para sua aplicação, com um intervalo de 14 dias entre as etapas.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O Povo.