quarta-feira, 17 de junho de 2020

Coronavírus - Municípios do Interior registram 98,4% dos novos casos do Ceará em 24 horas

Foram registrados 2.316 novos casos de Covid-19 no Ceará na última terça-feira (16). Desse total, 2.278 foram confirmações fora de Fortaleza. O número corresponde a 98,4% do acréscimo observado em 24 horas. Em contínuo declínio de indicadores da infecção, a Capital registrou 38 novos casos no período. Considerando as últimas duas semanas, o Interior concentra 81,4% dos novos diagnósticos laboratoriais. Foram 10.710 ante os 13.176 contabilizados no Estado nesse ínterim.


Os dados foram obtidos na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), atualizada às 18h26min dessa terça-feira. Os novos casos e novos óbitos são noticiados de acordo com a data de confirmação, mediante o resultado dos exames.

O Ceará acumula 82.169 casos de Covid-19 e 5.192 mortes em decorrência da doença doença. Balanço aponta ainda que 58.432 pessoas já se recuperaram no Estado e 54.303 casos seguem em investigação. O segundo município com maior número de confirmações é Sobral, localizado na macrorregião de mesmo nome, na Região Norte, com 4.268 casos. Ontem, foi contabilizado acréscimo de 241 casos no município. Em seguida vêm Caucaia (3.012 casos confirmados, 231 mortos) e Maracanaú (2.762 casos confirmados, 185 mortos), localizados na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).

A macrorregião de Sobral apresenta maior incremento na incidência (novos casos) da infecção nas últimas duas semanas, segundo o IntegraSUS. Quatro municípios do território tiveram decreto de isolamento social rígido prorrogado no último sábado, 13. São eles Sobral, Camocim, Acaraú e Itarema. Na macrorregião, a taxa de ocupação dos leitos de (UTI) é de 88,57%.

Conforme o infectologista Ivo Castelo Branco, coordenador do Núcleo de Medicina Tropical da Universidade Federal do Ceará (UFC), é importante que a quarentena seja cumprida para que haja contenção da doença. "Tem que tomar providências de acordo com a necessidade e capacidade de fazer a quarentena em cada local", explica. Segundo o infectologista, o Poder Público deve levar em conta as particularidades das regiões e municípios para implementar medidas de apoio a fim de que a população tenha condições de cumprir o isolamento.

"Ela deve ser relaxada quando os casos estabilizam e começam a cair e a capacidade de atendimento aumenta", frisa. Na Capital, a reabertura gradual foi iniciado no dia 1º de junho, com a fase de transição."Só é possível saber (se houve aumento de casos) com três semanas. Em outros países, quando houve a liberação também foi registrado aumento de casos. A segunda onda tende a ser menor porque já tem o modo de agir", pondera. (Ana Rute Ramires).

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do OPovo. Para ler a matéria original, clique aqui