Estudos recentes de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará têm acompanhado de perto a conjuntura de saúde pública diante da pandemia do novo coronavírus. Análises sugerem que, por ora, há motivos para celebrar vitórias parciais nessa batalha. Segundo o Prof. André de Almeida, do Departamento de Engenharia de Teleinformática da UFC, projeções atualizadas para a COVID-19 em Fortaleza confirmam que o platô de contaminações foi alcançado no final de maio. Isso significa que o número diário de casos diagnosticados da doença tem se mantido estável, dando margem para uma resposta mais efetiva do sistema de saúde.
"Acreditamos que a velocidade de novos casos tem apresentado uma redução, o que indica que a curva de infectados deve cair na Capital cearense neste mês", afirma. O pesquisador desenvolveu o Sistema de Monitoramento Preditivo (SIMOP), modelo matemático inovador que acompanha a evolução da COVID-19 na Capital cearense. Almeida integra um grupo de trabalho composto por docentes do Centro de Tecnologia da UFC e pelo Observatório da Indústria, da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC).
O SIMOP considera os impactos de casos assintomáticos, de subnotificações, da taxa de testagem, da saturação de leitos de enfermaria e de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e a evolução das hospitalizações. O sistema condensa dados da plataforma IntegraSUS, da Secretaria Estadual de Saúde, e se propõe a compilar uma série de informações complexas, para embasar tecnicamente a tomada de decisão dos gestores públicos.
*Da redação do Blog do Farias Júnior, com ASCOM UFC.