Especialistas alertam para os riscos de usar o aplicativo de edição FaceApp, que viralizou nos últimos dias com o filtro de “mudança de gênero”. Segundo as críticas, o app não informa o que faz com os dados fornecidos pelos usuários, que podem estar alimentando bancos de reconhecimento facial indevidamente.
Desenvolvido pela empresa russa Wireless Lab, o editor tem uma política de privacidade padronizada e que não oferece “efetivamente nenhuma proteção”, como explica o comentarista de tecnologia Stilgherrian ao ABC News.
Na política de privacidade, a companhia diz que utiliza "ferramentas de análise de terceiros para nos ajudar a medir o tráfego e as tendências de uso do serviço. Estas ferramentas reúnem informação enviada pelo seu dispositivo ou pelo nosso serviço, incluindo as páginas web que visita, add-ons, e outra informação que nos ajude a melhorar o serviço.”
Histórico negativo
Em 2019, quando o editor bombou com seu filtro de envelhecimento, uma série de falhas de privacidade foram identificadas. Na ocasião, a empresa esclareceu que os usuários podem solicitar a remoção de dados da nuvem a qualquer momento. Basta acessar Configurações, clicar na aba “Suporte” e a opção aparecerá na tela.
Ao clicar na opção, o seguinte aviso é exibido: “Mesmo sem a solicitação de remoção de dados, todas as fotos são automaticamente excluídas em 48 horas após a última operação de edição”.
*Da redação do Blog do Farias Júnior, com ABC News.