quarta-feira, 29 de julho de 2020

Ceará - PF deflagra operação contra tráfico de armas no estado.

A Polícia Federal (PF) cumpre 25 mandados de busca e apreensão e um de prisão temporária, na manhã desta quarta-feira (29), em operação contra grupo criminoso especializado no tráfico internacional de armas de fogo e acessórios. A Operação Mercado das Armas conta com cerca de 130 policiais federais e está sendo executada em sete estados, além do Ceará.
Armas de fogo e acessórios foram encontrados escondidos dentro de equipamentos como rádios, climatizadores e até panelas elétricas. Material era transportados pelos Correios e por transportadoras privadas aos outros estados. Traficantes traziam as armas do Paraguai com ajuda de atravessadores paraguaios.

Além do Ceará (dois em Fortaleza), mandados de busca e apreensão são cumpridos no Paraná (dois em São José dos Pinhais, um em Foz do Iguaçu, um em Santa Terezinha de Itaipu e dois em Guaratuba); Espírito Santo (dois em Cariacica); Minas Gerais (quatro em Belo Horizonte); Rio de Janeiro (três na capital); Rio Grande do Sul (um em Caxias do Sul); São Paulo (dois em Araraquara, um em Cabreúva, um em Campinas e dois em Várzea Paulista) e Sergipe (um em Aracaju). O mandado de prisão foi expedido para Brumadinho (MG).

Medidas são resultado de representação policial perante a 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Em nota, a PF afirma que foi identificada atuação de suspeitos nos estados do Paraná, Minas Gerais e São Paulo. O grupo atuava em associação na importação, transporte e remessa de armas de fogo e acessórios, que teriam como destino estados brasileiros.

Em nota, a PF explica que um dos acessórios importados do Paraguai e comercializado pelos investigados é o Kit Roni. Um dos modelos é usado para uso exclusivo com pistolas de airsoft e era transformado para uso com armas de fogo e munições reais. Esse processo tornava o equipamento em uma espécie de submetralhadora, podendo-se utilizar carregadores estendidos e seletores de rajadas.

"A importação desse acessório era realizada de forma ilegal, sem os certificados necessários e vendidos por plataformas virtuais sem o fornecimento de notas fiscais", diz a PF. Investigados serão indiciados pelos crimes de tráfico internacional de armas de fogo e acessórios, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso e lavagem de dinheiro. Se condenados, poderão pegar penas de até 12 anos de prisão.

*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do OPovo. Para ler a matéria original, clique aqui

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