terça-feira, 1 de setembro de 2020

Ceará - Educação infantil volta presencialmente nesta terça-feira.

A partir desta terça-feira, dia 1º, está autorizado o retorno gradual das aulas presenciais nas instituições de ensino no Ceará. No primeiro momento, apenas educação infantil, na rede privada, com 30% da capacidade está permitido. Aulas práticas e estágios no Ensino Superior e as atividades extracurriculares (curso de idiomas, música, informática, etc) também poderão voltar presencialmente. Entre as medidas de segurança estão a testagem de alunos e professores, o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas e o uso de máscaras pelos profissionais e crianças a partir de 3 anos.

No protocolo, as escolas também vão ter que intensificar os canais de comunicação com os pais e com as autoridades de saúde para explicar providências que estão sendo adotadas para evitar a disseminação do vírus. Casos confirmados devem ser notificados em até 48 horas à Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).

O retorno às aulas presenciais é opcional e a escola deve assegurar a manutenção do ensino integral remoto para que os pais possam escolher. Feiras, palestras, seminários, competições esportivas e acolhimento dos alunos em espaço coletivo que possibilite aglomeração estão proibidos. Os pais e responsáveis devem ter disponível o modelo de ferramenta para Tomada de Decisão (CDC), previsto no protocolo, que deve ser disponibilizado pela instituição de ensino onde o filho está matriculado.

Além disso, os pais devem ficar atentos e cobrar que profissionais que têm contato direto com as crianças da Educação Infantil usem batas de manga longa por cima da roupa e mantenham cabelos (quando longos) presos de alguma forma (rabos de cavalo, coque, trança). As turmas devem ser organizadas e os alunos devem sentar com distância igual ou superior a 1,5 metro entre eles. Deve haver também o escalonamento dos horários de entrada, saída, intervalo, banho (sistema integral ou outros), lanche e almoço das turmas para evitar aglomeração. Espaços dedicados às atividades lúdicas devem permanecer fechados.

Mesmo assim, a pediatra Virna Costa e Silva afirma que ainda há riscos para todos porque o vírus não foi controlado e ainda não existe uma vacina. Ela ressalta que a transmissividade teve queda, mas é preciso estar atento a essa volta às aulas das crianças. “Vai ser basicamente impossível não ter contato por causa da saudade. O principal ponto aqui é os pais serem orientados a não levarem as crianças para o colégio com sintomas ou mesmo se os pais tiverem tido”, comenta. Febre, dor de cabeça, quadros virais e dor no corpo devem acender o alerta, mesmo nos sintomas iniciais. Caso tenha algum, a criança deve permanecer em casa.

A pediatra chama atenção quanto ao álcool em gel. O produto deve ser usado na higienização das mãos e estar disponível, mas, com crianças , precisa ser feito com cuidado e supervisão, para evitar o contato com os olhos. Manter o ambiente arejado e com número reduzido de adultos circulando também ajuda a minimizar um possível contágio. “Diminuir o número de adultos no colégio, porque os adultos é que transmitem para as crianças. Ter um corpo docente consciente de como é para ser feito e evitar a circulação dos pais”, lista.

Ir e voltar da escola também deve seguir um protocolo. O ideal é que eles saiam direto de casa para o ambiente escolar, sem passar em outros locais. No retorno, as roupas e os sapatos devem ser limpos todas as vezes. Podem ser usados sprays de álcool ou água sanitária, cloro, no solado dos sapatos. E as roupas devem ser lavadas. As crianças devem imediatamente tomar banho ao chegar em casa.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do OPovo. Para ler a matéria original, clique aqui