terça-feira, 29 de setembro de 2020

Educação: pandemia pode agravar quadro de evasão escolar


Por: Victória Ellen 

O estado do Ceará apresentou em 2019 um dos menores índices de evasão escolar da história, com 3,8%. O resultado se deve a uma série de medidas tomadas na educação do estado. Em 2018 foi lançado pela Secretaria da Educação (Seduc),o programa Nem Um Aluno Fora da Escola, para diminuir o abandono escolar nos municípios cearenses. Nos últimos dois anos, esse programa se mostrou efetivo, pórem com a pandemia e quase sete meses de paralisação das aulas, o abandono escolar pode voltar a crescer. No Ceará as aulas ainda estão acontecendo de forma remota.


No entanto, a quarentena intensificou muitos aspectos no ensino remoto. A pandemia além de escancarar as desigualdades sociais, também trouxe o aumento do desemprego deixando as famílias em um cenário ainda mais vulnerável, a taxa de desocupação do Ceará no 2º trimestre deste ano foi de 35,9%. Com isso, muitos estudantes baixa renda tiveram que ajudar de alguma forma nas rendas de suas casas, e isso pode influenciar a taxa de abandono escolar.

De acordo com o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) o Brasil deve chegar ao fim deste ano com o saldo de 575 mil jovens de 16 anos que não concluirão a educação básica.


A pesquisa traz dados ainda mais preocupantes

Conforme a vida desses adolescentes avançar, a formação incompleta deve se traduzir em salários mais baixos, pior qualidade de vida e maior exposição à violência. Acabarão também prejudicando a coletividade, pois vão contribuir menos para a produtividade econômica do país.

Em seu conjunto, os efeitos dão forma a cifras expressivas. Trata-se de R$ 372 mil, em média, perdidos em relação a cada um desses jovens ao longo da sua vida. Os 575 mil fora da escola neste ano correspondem a R$ 214 bilhões dissipados.


*Victória Ellen da redação do Blog do Farias Júnior.


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