
Novo levantamento do consórcio divulgado nesta segunda-feira, 14, indicou novamente a subida de mortes no Ceará, além do Acre, nos últimos sete dias. Devido a estes fatos, por meio da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, o MPCE concedeu um prazo de cinco dias úteis para que o secretário da Saúde se posicione e "apresente esclarecimentos quanto às notícias veiculadas, comprovando ou contestando a alta no número de mortes".
Na última quinta-feira, 10, no dia seguinte após a alta da média de óbitos por Covid-19 no Ceará ser divulgada pelo consórcio, o titular da Sesa, Dr. Cabeto, negou que o Ceará estivesse em crescimento de óbitos pela doença e afirmou que a metodologia utilizada na divulgação acabou inferindo uma interpretação equivocada.
A média móvel em alta apresentada pelo consórcio nacional é calculada levando em conta a média de mortes dos últimos sete dias até a publicação do balanço comparada com o mesmo dado registrado duas semanas atrás. O entrave encontrado no registro desses óbitos está nos exames de confirmação, que, por muitas vezes, não ocorre no mesmo dia da morte, o que não teria sido levado em conta pelo consórcio, conforme a Sesa.
O POVO solicitou à Sesa posicionamento sobre o pedido de explicações feito pelo MPCE. A pasta informou, que até a noite desta segunda-feira, 14, não recebeu o ofício e reforçou as informações que foram divulgadas pelo secretário da Saúde na última semana.
O governador Camilo Santana (PT) também se posicionou sobre o caso e descartou tanto a alta no número de mortes quanto de casos no Estado. Ele afirmou que os dados não refletiam a situação atual da pandemia no Ceará e reiterou a tendência de queda de todos os indicadores da pandemia. "Os números da nossa equipe de Saúde mostram que isso não tem ocorrido, inclusive a curva é sempre descendente e tem diminuído semana a semana".
*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do OPovo. Para ler a matéria original, clique aqui