*Por Victória Ellen
Segundo pesquisa do Kantar ibope media, 76% dos brasileiros ouvem rádio, destes, 61% pelo modelo convencional (offline) e 38% via internet (streaming). Em relação aos podcasts, dados do IBOPE afirmam que dos 120 milhões de internautas, 40% já ouviram podcasts, vale lembrar que o Brasil tem o segundo maior mercado de podcasts do mundo e isso se deve ao seu modelo de consumo e transmissão.
Com a chegada da pandemia e o isolamento social, as pessoas buscaram conteúdos mais humanizadores, e os encontraram nas rádios e podcasts, que por trabalharem diretamente com a voz, proporcionam um contato mais profundo com o público, amplificando a imaginação e até mesmo diminuindo a solidão. Além de reduzir danos que as demais mídias causam pela quantidade excessiva de imagens.
A rádio nasceu no Brasil no ano de 1922, com a transmissão da fala do presidente Epitácio Pessoa, na inauguração da radiotelefonia brasileira. Com a chegada da Televisão em 1950, muitos pensaram que a rádio iria desaparecer, mas não foi isso que aconteceu. Desde seu surgimento, a rádio vem cada vez mais se reinventando, e durante a pandemia ganhou ainda mais ouvintes.
O termo podcast surgiu com a junção das palavras iPod- dispositivo da Apple- e Broadcast- que significa transmissão online. O primeiro podcast criado no Brasil, intitulado como “Digital Minds” foi criado em 2004, por Danilo Medeiro. A partir de então, os podcasts foram evoluindo e se tornaram um fenômeno de audiência.
As rádios e os podcasts se diferenciam pelo seu modelo de consumo e transmissão, as rádios possuem uma grade de programação linear, na maioria das vezes transmitida ao vivo, já os podcasts são produzidos e consumidos sob demanda. Indo na contramão desse modelo de conteúdo sob demanda, as rádios têm como principal objetivo a transmissão em massa dos seus programas, trabalhando para atingir o maior número possível de ouvintes ao mesmo tempo.
*Victória Ellen da redação do blog do Farias Júnior
