Segundo a Funceme, no atual cenário, o Estado apresenta impactos de curto e longo prazo, como redução do plantio e déficits hídricos prolongados
Ceará registra aumento de 19,45% em áreas de seca relativa, conforme o Monitor de Secas, coordenado pela Agência Nacional das Águas (ANA). A ferramenta faz o acompanhamento da estiagem no Nordeste e em alguns estados brasileiros fora da região. Apesar do aumento na variação, as áreas de seca no Estado ainda são consideradas “fracas”. Além disso, o cenário é melhor que o observado no mesmo período do ano passado, quando o Ceará apresentou 66,81% do seu território com seca relativa, sendo 43,16% moderada.
Segundo a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a área do Ceará classificada com seca está concentrada mais ao Centro-Sul, principalmente entre as macrorregiões Jaguaribana, Sertão Central e Inhamuns. A variação da seca fraca saiu de 20,84% para 40,29% no mapa mais recente divulgado pela ANA.
“Esta é a quinta melhor situação do Ceará desde o início do Monitor de Secas, em julho de 2014, sendo superada somente pelos registros de abril a julho deste ano”, destaca a Agência. Entre os períodos, o Estado apresentou redução ou estabilidade no percentual de áreas de seca, chegando a julho com apenas 20.84% do território em seca relativa.
Açudes
Em nota enviada ao O POVO, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) reforça que a escassez de chuvas no segundo semestre do ano é comum, tendo em consequência o aumento da área de seca no Ceará. “Dessa forma, o volume de água acumulado durante a período de chuvas diminui no período de estio. Esta situação está dentro da normalidade da rotina do gerenciamento dos recursos hídricos no Ceará”.
“O uso responsável e parcimonioso da água por cada cidadão é
imprescindível na nossa região a qualquer tempo, visto que a irregularidade das
chuvas no território é a principal marca do regime de chuvas no Estado”, frisa
a Cogerh. Entre os 155 reservatórios monitorados, há ainda 13 com volume morto,
três secos e 53 abaixo dos 30% do volume que suporta.
Em relação aos principais reservatórios do Estado, nesta
quarta-feira, 23, o açude Orós está com 478,23 hm³ em nível de água acumulada,
equivalente a 24,65% da sua capacidade. Os dados são do Portal Hidrológico do
Ceará, que também apresenta um volume de 213,5 hm³ no Banabuiú, correspondendo
a 13,34% do nível que suporta. Já o Castanhão, tem 936,95 hm³ de água
acumulada, 13,98% do volume que é capaz de armazenar.
*Da redação do Blog do Farias Júnior, com O POVO online.