terça-feira, 10 de novembro de 2020

Da ampliação de carga horária à redução das férias: conselho orienta o que deve ser feito para concluir o ano letivo no Ceará

Foto: Fabiane de Paula

Um parecer emitido nesta terça-feira (10) pelo Conselho Estadual de Educação do Ceará orienta as redes de ensino sobre como devem proceder para finalizar o ano letivo de 2020, diante das condições atípicas provocadas pela pandemia de coronavírus.


O documento estabelece alternativas para que seja recuperadas e cumpridas as 800 horas da carga horária em todas as escolas com ensino fundamental e com ensino médio no Estado.


O conselho evidencia que, embora os 200 dias letivos tenham sido flexibilizados, o Conselho Nacional de Educação, mesmo com dificuldades operacionais das redes escolares, não alterou o cumprimento anual das 800 horas letivas. Portanto, a exigência estabelecida na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) deve ser cumprida e, para isso, é preciso rever os calendários escolares.


O órgão considerou que o ano letivo nem sempre é finalizado junto ao calendário civil, então, algumas das orientações sobre como as escolas devem proceder há situações nas quais o calendário letivo de 2020 entrará em 2021, bem como o de 2021 em 2022.


As propostas do Conselho para encerramento do ano letivo de 2020 incluem:


-reposição da carga horária, de forma presencial, ao final do período de emergência;

-realização de atividades pedagógicas não presenciais em paralelo ao período das aulas presenciais;

-ampliação da carga horária diária em 1h aula a cada turno;

-utilização de sábados como dias letivos, com o máximo de 4h;

-redução do período de recesso escolar e reprogramação do período de férias;

-realização de atividades como projetos, pesquisas e estudos orientados;

-utilização do contraturno para atividades escolares com até 4h por período;

-desenvolvimento de atividades domiciliares organizadas, acompanhadas e registradas pelos professores;

-ampliação do tempo pedagógico das escolas do campo para complementar o tempo integral;


No documento, o conselho reforça que “as diferenças de desempenho entre sistemas, redes, escolas e estudantes são acentuadas, em decorrência das desigualdades sociais e econômicas existentes nos vários municípios”.


Na atual situação, diz o documento, o papel do conselho “não deve ser o de engessar ou criar dificuldades para os sistemas e redes; ao contrário, seu papel é motivar professores, estudantes, gestores, entidades e outros parceiros para que mantenham, cada vez mais, a atividade pedagógica viva, inclusiva e criativa”.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do G1 CE. Para acessar a matéria original clique aqui.


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