segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Fenômeno La Niña pode ser um dos mais fortes dos últimos 20 anos.



Em recente boletim da Agência de Administração Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (Noaa), do Departamento de Meteorologia dos Estados Unidos, foi indicado que a anomalia da temperatura na porção central do oceano pacífico Equatorial está no limite da categoria considerada moderada, com -1,4°C. 

Para ser considerado um evento forte, a anomalia pode variar entre -1,5°C e 1,9°C. O fenômeno é semelhante aos anos de 2007 e 2010, que foram os mais fortes dos últimos 20 anos.

Para o Nordeste o La Niña é uma notícia boa, já que costuma favorecer os elevados volumes acumulados pela região. O oeste e sul da Bahia já vai ter chuva acima da média em novembro favorecendo o plantio da soja. No entanto, mesmo sob fenômeno La Niña moderado a forte, nem toda a região Nordeste vai receber chuva acima da média histórica no trimestre novembro-dezembro-janeiro. A faixa norte da região vai receber menos chuva que o normal. A precipitação ficará acima da média histórica no leste do Nordeste e em boa parte da Bahia.

A tendência é novembro ter chuva acima da média na metade norte do Brasil, pegando parte de Mato Grosso, Minas Gerais e Norte e Nordeste, e abaixo da média na metade sul, incluindo Mato Grosso do Sul e São Paulo. Em dezembro, esta divergência fica ainda mais nítida com anomalias mais positivas e chuva bem acima da média na faixa norte com até 100 milímetros acima do normal.

*Da redação do Blog do Farias Júnior, com Canal Rural.