quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

No Ceará chuvas de pré-estação devem manter baixa tendência dos últimos anos

Foto: Fábio Lima

O mês de dezembro marca o início da pré-estação no Ceará. O período vai até janeiro e é caracterizado pela presença de instabilidades meteorológicas em regiões próximas ao Ceará, que influenciam nas médias da quantidade de chuva no Estado.  A tendência para os próximos meses é que as chuvas no Ceará fiquem próximas à normal climatológica cearense, correspondente a outras épocas.


No início do ano, as chuvas da pré-estação se concentraram na faixa litorânea, Maciço de Baturité e em parte do Sertão Central. Já em dezembro de 2019, a macrorregião que mais contabilizou na média de chuvas do Estado foi o Litoral de Fortaleza, com 20.4 mm.


O principal causador das chuvas em dezembro é o sistema meteorológico Vórtice Ciclônico de Ar Superior (VCAS), assim como as frentes frias que atingem a Bahia e se direcionam para o Ceará. Mesmo que o fenômeno não chegue até o Estado, regiões como o Cariri costumam registrar algumas precipitações - isso porque a região está próxima de áreas de instabilidade atingidas pelos sistemas meteorológicos.


Em dezembro de 2020, por ora, ainda não foram observadas precipitações na macrorregião. A média de chuvas normal do período é de 66.1 milímetros, baseada em referências da normal climatológica que reúne cerca de 30 anos de dados da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme).


Entre as macrorregiões que contabilizaram índices de chuvas neste início do mês, estão o Maciço de Baturité com 7,1 mm; o Litoral de Fortaleza com 1,7 mm; e o Sertão Central e Inhamuns com 0,4 mm. Todos os índices estão abaixo da média, mas vale lembrar que a variação é normal.


Novembro ficou acima da média 

O mês de novembro registrou 28.6 mm de chuva média no Ceará. O número representou uma variação de 396% do índice climatológico estabelecido pela Funceme: 5,8 mm. Isso não significa necessariamente que choveu bastante no Ceará, mas reflete a baixa média de chuvas no Estado durante o período, sendo considerada normal.


Entre as macrorregiões cearenses, o Litoral Norte apresentou o maior desvio entre os índices observados no mês e a média meteorológica acumulada: o normal era de 1,5 mm de chuva, mas foram registradas 15,8 mm, representando uma variação entre os termos de 941%. Em seguida, o Sertão Central e Inhamuns observou 35,8 mm de chuva em toda sua extensão, indo de encontro à média normal de 5,4 mm - a variação foi de 558%.


A região do Litoral do Pecém vem logo em seguida, tendo registrado 10,8 mm com um normal geralmente de 2 mm (438%); Ibiapaba registrou 39 mm com um normal observado de 7,3 mm (432%); Litoral de Fortaleza registrou 16,3 mm com um normal observado de 3,8 mm (326,4%); Jaguaribana registrou 11,6 mm com um normal observado de 3,1 mm (270,2%); Cariri registrou 56,5 mm com um normal observado de 22,5 mm (150,9%); e por último, Maciço de Baturité registrou 11,6 mm com um normal observado de 5,2 mm (124,4%).


A tendência normal é que os modelos fiquem próximo às médias. As regiões mais propícias à tendência são as regiões da Faixa Litorânea. A Funceme indicou que a previsão para a quadra chuvosa, pertencente ao período de fevereiro à maio de 2021, será divulgada na segunda quinzena de janeiro. Ainda, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Inpe) divulgará a climática sazonal para o trimestre (dezembro 2020- fevereiro de 2021) hoje, às 14 horas, com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Funceme.


*Da redação do Blog do Farias Júnior com dados do O POVO. Para acessar a matéria original clique aqui.